O momento é histórico e o acontecimento inédito
Os partidos do Governo, PSD e CDS, aliaram-se à oposição do PS na assinatura de
um apelo aos cidadãos de Moncorvo para que o Presidente da República, Cavaco
Silva, que estava de visita à região, fosse bem recebido, avança o i.
Nem Cavaco Silva sonhava o que andavam o PS, PSD e CDS andavam a
congeminar. O plano era que quando o Presidente da República chegasse a
Moncorvo, em Trás-os-Montes, tivesse uma boa recepção. Tudo para que a região
fosse notícia pela “positiva”.
O
presidente da concelhia dos socialistas de Torre de Moncorvo, Aires Fernandes,
assegurou ao i que não se tratou de “uma questão política” e que o objectivo
não era calar ninguém. O texto de quatro parágrafos, assinado pelo PS, mas
também pelos partidos no Governo, PSD e CDS, partia do princípio: é “apanágio
transmontano receber bem os convidados”.
A medida de prevenção, a lembrar que o Presidente tinha sido
“convidado” a visitar a região, começou a desenhar-se 10 dias antes da chegada
de Cavaco, mas nem isso o salvou de apupos e vaias na sexta-feira passada.
De
nada valeu a união dos três partidos na tentativa de fazer da Torre de Moncorvo
uma “notícia pela positiva”. Para Aires Fernandes não é compreensível que “se
misture a contestação ao Governo com insultos ao Presidente da república”, pois
Cavaco Silva é a “última salvaguarda do País, o único que pode travar o
Governo”.
N. M.
PS: Quem pretenderá enganar este PS?
Certamente que não estes cidadãos que se sentem cansados
de aturar semelhantes “políticos” de direita, a quem nos momentos cruciais o PS
se une.
Não foi em vão que o anterior primeiro-ministro se
felicitou pela vitória de Cavaco Silva nas eleições presidenciais, apesar de
haver um candidato do PS, que saiu derrotado.
Este PS, mesmo com
Seguro na liderança, em quem se depositavam algumas esperanças de
regresso às origens, de modo algum poderá ser uma alternativa credível.
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