A Plataforma 15 de Outubro vai
concentrar-se hoje em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, para
"deixar uma mensagem séria a Vítor Gaspar" e exigir a demissão
do Governo, disse à agência lusa um dos membros do movimento.
Em declarações à agência Lusa, Alexandra Martins informou que a
concentração, organizada pela plataforma que reúne vários movimentos
sociais contra a austeridade, está marcada para as 18:00 em frente ao
Ministério das Finanças e tem como mote "4 mil milhões de razões
para se demitirem".
"Quatro mil milhões
parecem-nos mais do que razão suficiente para protestar e dizer a Vítor
Gaspar 1/8ministro das Finanças 3/8 para realmente ter cuidado com
o que vai anunciar. O povo não aguenta mais, estamos no limite e a provar
está o exemplo da Grécia, Espanha e mais recentemente do Chipre",
explicou.
Alexandra Martins salientou que,
apesar de não se falar no assunto, "é bom lembrar que a Grécia está
à beira de uma guerra civil" e a Espanha está próxima de ficar numa
situação social como a dos gregos.
"É verdade que ainda não
conseguimos com as manifestações a demissão do Governo, mas a mobilização
tem sido cada vez maior, o que demonstra que as pessoas estão mais
conscientes de que estão a ser roubadas e que pode acontecer uma coisa
que aconteceu recentemente no Chipre, que é um roubo descarado",
disse.
Na opinião de Alexandra Martins,
já foram "quebradas todas as fronteiras que pudessem existir em
relação à decência na atuação da grande finança".
Na sexta-feira, a União Europeia
tomou a decisão inédita de impor uma taxa sobre depósitos bancários no
Chipre, em troca do resgate financeiro.
Na origem da concentração de hoje
está, de acordo com a Plataforma 15 de Outubro, o aumento do desemprego,
da fome, da miséria e da atuação de um "governo que, mais uma vez,
mostrou a sua face ao anunciar mais despedimentos na função
pública".
Para a Plataforma 15 de outubro,
a política do Governo "é incoerente e vai levar o país à
bancarrota"
À Lusa, Alexandra Martins realçou
que a situação "é insustentável" e adiantou que a maioria das
pessoas que conhece já não consegue comer todos os dias ou então faz
apenas uma refeição diária.
"É impossível saber quantas
pessoas vão participar na ação de hoje. Não estamos a falar de uma manifestação
como a de 2 de março. Hoje será um protesto mais simbólico, mas contamos ter lá
apoio suficiente para deixar uma mensagem séria ao Gaspar",
concluiu.
Lusa/SICNotícias
Sem comentários:
Enviar um comentário