O
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, escusou-se a confirmar a notícia do
eventual “chumbo” do Eurostat à operação de concessão da ANA e consequente
desvio do défice em 2012, remetendo explicações para o ministro das Finanças.
Questionado, em Bruxelas, depois do primeiro dia
de um Conselho Europeu e de uma cimeira da zona euro, sobre a notícia do Jornal
de Negócios, segundo a qual o Eurostat “chumbou” a operação da ANA, o que
levará a que o défice em 2012 fique na casa dos 5,5% do PIB (contra os 5%
projectados), e se tal não significará que o ano extra que será concedido a
Portugal para cumprir as metas é assim “consumido”, Passos Coelho remeteu
explicações para a apresentação que Vítor Gaspar fará hoje de manhã, em Lisboa,
da conclusão da sétima avaliação da troika.
“O ministro das Finanças amanhã [sexta-feira] responderá a essas
matérias todas, até porque, como sabem, no final do exame regular são sempre
divulgados não apenas o novo cenário macroeconómico com que o país trabalhará,
mas também os dados relativos às contas nacionais que servem também de base
para toda a extrapolação que é feita para 2013 e 2014, portanto não vou perder
tempo a comentar aspectos que estarão amanhã no centro da comunicação do
ministro das Finanças”, começou por dizer Passos Coelho.
“O
que posso dizer em qualquer caso é que o défice que foi registado em 2012 em
termos quantitativos (isto é, em termos absolutos de valor) respeita o limite
que estava acordado com a troika, e isso é importante, na medida em que se isso
não tivesse acontecido nós evidentemente não poderíamos ter tido uma avaliação
positiva, como creio que terá acontecido nesta avaliação”, acrescentou.
N. M.
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