O Presidente da República optou por
fazer um caminho alternativo evitando assim cruzar-se com a população e
sindicatos que se manifestavam em Torre de Moncorvo.
O Presidente da República, Cavaco Silva, iniciou esta
manhã uma visita ao Nordeste Transmontano e era esperado em Torre de Moncorvo
por dezenas de pessoas na praça central.
Soube-se entretanto que o
presidente optou por evitar o contacto com a população e fazer um caminho
alternativo à multidão para se deslocar dentro vila transmontana.
Entre os presentes os
desabafos eram unânimes: "não ficou bem não ter cumprimentado a
população", ouvia-se de uma idosa que garantia: "a população de
Moncorvo é um, povo pacífico, nem seria necessária segurança".
Entre a desilusão de quem
só queria "ver o senhor presidente" e não conseguiu,
encontravam-se também alguns elementos da União dos Sindicatos de
Bragança, concretamente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração
Local (STAL).
"Infelizmente não é só
o senhor presidente. O Governo que temos esconde-se da população",
afirmou aos jornalistas José Freire do sindicato.
Os sindicalistas faziam-se
acompanhar de faixas com frases como: "queremos um país mais
justo" e pretendiam entregar ao Presidente da República uma carta
aberta a "mostrar indignação com o que se passa no país".
Os subscritores entendem
que "há uma tentativa de destruição do poder local" e lembram
que, em regiões como o distrito de Bragança, as câmaras são os principais
empregadores.
"É preciso um ato de
coragem para viver e investir nas nossas terras", afirmou,
defendendo uma atenção maior para estas zonas do interior do país.
O Presidente da República
visita hoje três dos concelhos mais isolados do Nordeste Transmontano, os
de Torre de Moncorvo, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães.
Com
Lusa/SICNotícias
PS: Quando os políticos “fogem” da população, como
pretendendo superiorizar-se a ela, demonstram bem que não estão, e nunca
estiveram, aptos para ocupar cargos que não devem.
Tal
como os governantes, o presidente demonstra, uma vez mais, que detesta a populaça,
apesar de ter sido ela quem o elegeu não poucas vezes. E se é verdade que “gato
escaldado de água fria tem medo”, os portugueses só agora estão a abrir os
olhos.
Como
nunca é demasiado tarde para aprender, que seja em boa hora…
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