O
primeiro-ministro disse hoje aos jornalistas que reage aos protestos sucessivos
ao seu Governo com "naturalidade", à saída de uma conferência em Lisboa onde foi recebido com vaias por estudantes universitários.
À
saída do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), onde Pedro
Passos Coelho abriu uma conferência sobre a reforma do Estado, cerca de 40
estudantes perseguiram o chefe do governo gritando repetidamente
"demissão", "educação é um direito, sem ela nada feito" e
"a luta continua, governo para a rua".
Questionado pelos jornalistas como via os sucessivos protestos
ao seu executivo, Passos Coelho respondeu laconicamente: "Com
naturalidade."
Um dos estudantes que participou no protesto de hoje disse à
agência Lusa que a “acção serviu para protestar, mas também para apelar à
participação” na manifestação do ensino superior que vai decorrer dia 21 de
março entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República.
Também à entrada, cerca das 09h30, o primeiro-ministro foi
recebido com protestos de estudantes do Instituto Superior de Ciências Sociais
e Políticas e do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, que empunhavam
cartazes onde se podia ler “Coelho sai da Toca”.
Dezenas de estudantes tentaram aproximar-se do
primeiro-ministro, tendo-se gerado alguma confusão, constatou a Lusa no local,
com os seguranças a ter dificuldades em fechar a porta do auditório onde ia
decorrer a conferência.
As portas fecharam-se logo após a entrada do primeiro-ministro,
os estudantes ficaram do lado de fora e a maior parte dos lugares do recinto
estavam vazios.
Os estudantes empunhavam cartazes em que se podia ler “Vieram ao
local certo aprendam a governar” ou “Nossa solução é a vossa demissão”.
Os manifestantes entoavam também palavras de ordem como “Coelho
sai da Toca” e “propinas e Bolonha é tudo uma vergonha”.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, participou hoje na
sessão de abertura da conferência “Sociedade Aberta e Global - das funções do
Estado e políticas públicas à administração pública", organizada pelo
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) e INA - Instituto
Nacional de Administração.
Diário Digital com Lusa
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