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segunda-feira, 18 de março de 2013

Número de grávidas despedidas sobe mais de 50%


São cada vez mais as grávidas que acabam no desemprego, a maior parte delas no âmbito de despedimentos colectivos. É que a gravidez por si só não protege o emprego das mulheres, que só não podem ser despedidas se o motivo for discriminatório. De acordo com o Diário de Notícias (DN), o número de processos de demissão de grávidas, analisados pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no emprego (CITE), passou de 112 para 172 em 2012.
As mulheres grávidas, que deram à luz recentemente ou que estejam ainda em período lactante, não podem ser despedidas sem o parecer favorável da CITE, que tem de avaliar se o factor que levou à demissão é ou não de origem discriminatória.

No entanto, quando se trata de despedimentos colectivos ou de fechos de empresas, a comissão não pode fazer grande coisa.

O DN revela hoje que o número de casos avaliados pela CITE cresceu 53% no ano passado, passando de 112 para 172, sendo que a comissão ‘autorizou’ 105 despedimentos, cerca do dobro dos dados anteriores.

Para Fátima Messias, da Comissão para a Igualdade entre Homens e Mulheres da CGTP, “é preciso ver o que é que se pode fazer, para além da questão jurídica”, cita o DN. A sindicalista lembra ainda que a legislação comunitária alerta para o facto de o despedimento ter “efeito prejudiciais” no “estado físico e psíquico das trabalhadoras grávidas”.

N. M.

PS: A bandalheira não tem fim em Portugal.

E os políticos que afirmam preocupações sociais, limitam-se a ver “passar os combóios”.

Onde estão os arautos da defesa dos direitos da mulher, da maternidade e da família?

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