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domingo, 10 de março de 2013

Para Jerónimo de Sousa, moção de Seguro é herança de Sócrates


O Documento de Coimbra é de conciliação entre Costa e Seguro e define a orientação do PS para o futuro, diz líder comunista.
O secretário-geral comunista afirmou hoje que o Documento de Coimbra do PS é a recuperação da "herança Sócrates" e que a verdadeira "natureza" das suas propostas são de "alternância" e não de "alternativa" ao atual Governo.

"O Documento de Coimbra de conciliação entre Costa e Seguro e que define a orientação do PS para o futuro não deixa dúvidas acerca da verdadeira natureza das suas propostas de alternância e não de alternativa ao atual governo. Desde logo, a recuperação da herança de [José] Sócrates, assumida como positiva, nomeadamente o seu dito movimento de reformas e modernização do país", declarou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral comunista participou hoje na Maia, Porto, no comício comemorativo do 92.º aniversário do Partido Comunista Português (PCP), onde fez uma intervenção, lendo 10 páginas de texto onde analisou o estado do país e criticou os "36 anos de política direita".

Segundo Jerónimo de Sousa, o Documento de Coimbra é um "documento com muita parra de alternância e pouca uva alternativa", onde tudo se resume a duas ideias: a "reestruturação do Pacto de Agressão, entendida apenas como uma renegociação de uma parte do empréstimo da 'troika'" e uma "hipotética salvação vinda da União Europeia, com mais federalismo e um orçamento Comunitário reforçado".

A moção que António José Seguro vai levar ao XIX Congresso Nacional do partido, que se realiza a 26, 27 e 28 de abril, e que se intitula "Portugal tem futuro", retoma o conteúdo do documento de orientação estratégica apresentado pelo secretário-geral do PS na última Comissão Nacional do partido, e que ficou conhecido como Documento de Coimbra.

Durante o seu discurso no comício comemorativo do 92.º aniversário do PCP, Jerónimo de Sousa classificou de "uma mini-renogociação envergonhada" o pedido de adiamento para o pagamento da dívida.

"O governo do PSD/CDS vem agora, depois de o ter negado, pedir mais algum tempo, nomeadamente para o pagamento da dívida - um pedido de uma mini-renegociação envergonhada de uma pequena parte da dívida europeia -, num esforço de sobrevivência para garantir as condições para levar até ao fim o seu programa de desmantelamento e destruição", declarou.
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=Expresso=


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