O Documento de Coimbra é de conciliação entre Costa e
Seguro e define a orientação do PS para o futuro, diz líder comunista.
O secretário-geral comunista afirmou hoje que o Documento
de Coimbra do PS é a recuperação da "herança Sócrates" e que a
verdadeira "natureza" das suas propostas são de
"alternância" e não de "alternativa" ao atual Governo.
"O Documento de Coimbra de conciliação entre
Costa e Seguro e que define a orientação do PS para o futuro não deixa dúvidas
acerca da verdadeira natureza das suas propostas de alternância e não de
alternativa ao atual governo. Desde logo, a recuperação da herança de [José]
Sócrates, assumida como positiva, nomeadamente o seu dito movimento de reformas
e modernização do país", declarou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral comunista participou hoje na Maia,
Porto, no comício comemorativo do 92.º aniversário do Partido Comunista
Português (PCP), onde fez uma intervenção, lendo 10 páginas de texto onde
analisou o estado do país e criticou os "36 anos de política
direita".
Segundo Jerónimo de Sousa, o Documento de Coimbra é um
"documento com muita parra de alternância e pouca uva alternativa",
onde tudo se resume a duas ideias: a "reestruturação do Pacto de Agressão,
entendida apenas como uma renegociação de uma parte do empréstimo da
'troika'" e uma "hipotética salvação vinda da União Europeia, com
mais federalismo e um orçamento Comunitário reforçado".
A moção que António José Seguro vai levar ao XIX
Congresso Nacional do partido, que se realiza a 26, 27 e 28 de abril, e que se
intitula "Portugal tem futuro", retoma o conteúdo do documento de
orientação estratégica apresentado pelo secretário-geral do PS na última
Comissão Nacional do partido, e que ficou conhecido como Documento de Coimbra.
Durante o seu discurso no comício comemorativo do 92.º
aniversário do PCP, Jerónimo de Sousa classificou de "uma
mini-renogociação envergonhada" o pedido de adiamento para o pagamento da
dívida.
"O governo do PSD/CDS vem agora, depois de o ter
negado, pedir mais algum tempo, nomeadamente para o pagamento da dívida - um
pedido de uma mini-renegociação envergonhada de uma pequena parte da dívida
europeia -, num esforço de sobrevivência para garantir as condições para levar
até ao fim o seu programa de desmantelamento e destruição", declarou.
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=Expresso=
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