PM apela à sociedade civil, empresas e instituições que façam um uso
“responsável” dos próximos fundos estruturais.
No dia em que Vítor
Gaspar anunciou os resultados da sétima avaliação, com o défice e a recessão
agravados e as previsões para o desemprego a subirem, Passos Coelho disse que
em termos microeconómicos o ajustamento "está cumprido" e elogiou o
que disse ser "o bom desempenho" apresentado à ‘troika' neste exame.
Mas deixou claro: "Não temos margem para falhar".
Apesar da
flexibilização obtida dos parceiros internacionais, avisou o primeiro-ministro,
"o esforço continua a exigir rigor e força de vontade" e voltou a
desvalorizar as previsões antes feitas dizendo que "previsões são apenas
isso: previsões". Disse aliás, que o Governo vai "aproveitar"
estas novas previsões "para trabalhar" e não "para cruzar os
braços", de forma a "evitar que elas se concretizem".
Passos voltou a
apontar a recuperação do investimento e economia como uma prioridade a curto
prazo mas não avançou com medidas concretas. "Precisamos de duas coisas :
amortecer os efeitos mais negativos do ponto de vista social e os que estão
mais vulneráveis e temos de reforçar politicas activas de emprego", disse,
lembrando que quem cria emprego são as empresas e não o Estado.
"Uma vez que o
progresso em ajustamento microeconómico está cumprido temos de criar condições
de investimento para a economia. É aqui que temos de saber conjugar a acção
europeia com a acção nacional", disse.
Sobre os fundos
estruturais (que poderão ajudar neste objectivo), Passos disse que a meta é
"arrancar o novo ciclo de financiamento até final do primeiro semestre de
2014" e fez um aviso: "Governo, parceiros, empresas, municípios,
todos em conjunto têm grande responsabilidade e são co-responsáveis para ter um
Portugal mais competitivo e coeso". Seguido de um apelo: "Quando os
recursos são muito escassos, a boa utilização é essencial. O governo irá
orientar os programas para utilização desses fundos mas o Governo não pode ser
o polícia permanente na utilização dos fundos", disse, pedindo um
"uso responsável".
=Económico=
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