Depois
de ‘O Cão de Sócrates’, e de ‘D. Maria, a empregada de Cavaco’, chega agora às
livrarias ‘O Diário Secreto de Vítor Gaspar’, mais uma viagem ao mundo
imaginário dos políticos feita por António Ribeiro. O jornal i falou com o
autor sobre a nova obra que revela que o maior elogio que o ministro das
Finanças recebeu foi “o de tudo fazer para transformar o estável trabalhador
português, num precário trabalhador paquistanês e Portugal no Portuquistão”.
A sua identidade é desconhecida e secreta, mas as suas obras muito
populares. António Ribeiro, como assina, adiantou, por email, ao jornal i
alguns pormenores sobre o seu novo livro: ‘O Diário Secreto de Vítor Gaspar’.
Questionado
sobre como teve acesso ao diário do ministro das Finanças, António Ribeiro
revela que apesar de se tratar de um “diário secretíssimo” só foi “inacessível…
até ao dia em que o Dr. Vítor Gaspar o guardou no Ministério Público. A partir
desse momento foi facílimo obter uma cópia”.
E
antes? Onde escondia Vítor Gaspar o seu diário? “Escondia-o num sítio onde
nunca ninguém vai: a sala PE-PSD (sala do Programa Eleitoral do PSD). Desde
2011 que ninguém lá põe os pés”, revela António Ribeiro, acrescentando
tratar-se de “um caderninho muito simples de capa preta de cabedal com linhas”.
Outra
das curiosidades desvendadas neste livro é por exemplo o facto de que Vítor
Gaspar nasceu mesmo em Portugal, ainda que “a senhora Merkel” lhe tenha
prometido “que se ele conseguir acertar uma previsão – uma que seja – nesse dia
será cidadão alemão. Até lá, continua a ser português, para nossa infelicidade
e seu castigo”.
E em relação ao tom monocórdico do ministro. Vítor Gaspar treina
para isso? “Não. Já nasceu com esse talento (…) no infantário quando chegava ao
fim do ‘a, e, i, o, u’ já toda a turma dormia”.
Quanto
aos conselhos que o ministro dá no seu diário, António Ribeiro destaca dois:
“Não nos devemos pôr de joelhos perante a senhora Merkel; devemos rastejar e de
cabeça baixa; se tiver saudades de comer bife, contenha-se e peça salsicha que
é mais barata”.
O
autor de ‘O Diário Secreto de Vítor Gaspar’ revela ainda que “o maior elogio
que Vítor Gaspar recebeu foi o de tudo fazer para transformar o estável
trabalhador português num precário trabalhador paquistanês e transformar
Portugal no Portuquistão”.
António
Ribeiro confessa ainda que como “infelizmente o Dr. Passos Coelho não tem
densidade suficiente para aguentar um livro com mais de quatro páginas”, a
próxima figura política sobre a qual gostaria muito de escrever é “Miguel
Relvas, mas a realidade transcende a ficção”.
N. M.
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