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sexta-feira, 1 de março de 2013

Gaspar e Portas desdobram-se para desatar nó da sétima avaliação


Os ministros das Finanças e dos Negócios Estrangeiros, Vítor Gaspar e Paulo Portas, respectivamente, passaram a semana em conversações com os seus homólogos da zona euro, por forma a que na próxima reunião do Eurogrupo, a decorrer na segunda-feira, Portugal possa sair favorecido e, nessa senda, que as negociações com a troika, relativas aos cortes na despesa, no âmbito da sétima avaliação ao programa de ajustamento, fiquem facilitadas, avança a edição desta sexta-feira do semanário Sol.


O responsável pela pasta das Finanças, Vítor Gaspar, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, têm encetado esforços no sentido de convencer os seus pares europeus a concederem mais um ano a Portugal para atingir a meta do défice de 3%, bem como a possibilitarem uma renegociação dos prazos de pagamento de empréstimos, adianta o Sol.

Isto porque a próxima reunião do Eurogrupo tem lugar na segunda-feira e poderá ser determinante no que à sétima avaliação da troika ao programa português diz respeito.

Se os congéneres europeus ‘comprarem’ os argumentos de Gaspar e de Portas, poderão facultar uma suavização dos cortes de 4 mil milhões na despesa do Estado, que, em vez de terem de ser levados a cabo até 2014, diluir-se-iam, assim, por mais um ano, ou seja, até ao fim de 2015.

Ao mesmo tempo, Portugal contará com um trunfo improvável: a instabilidade desencadeada pelas eleições legislativas em Itália. Aliás, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, terá veiculado esta mensagem numa reunião com a comissão política do PSD, que decorreu esta semana.

“A Europa não pode arriscar-se a deixar cair Portugal e a abrir um novo problema na zona euro”, terá dito o líder do Executivo, segundo indica o semanário Sol. Desta feita, procurar-se-á convencer a troika a atenuar os efeitos da austeridade, uma vez que, a situação italiana provou que “os eleitorados podem criar enguiços aos programas de ajustamento”, cita o Sol.

N. M.

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