Os ministros das Finanças e dos Negócios Estrangeiros,
Vítor Gaspar e Paulo Portas, respectivamente, passaram a semana em conversações
com os seus homólogos da zona euro, por forma a que na próxima reunião do
Eurogrupo, a decorrer na segunda-feira, Portugal possa sair favorecido e, nessa
senda, que as negociações com a troika, relativas aos cortes na despesa, no
âmbito da sétima avaliação ao programa de ajustamento, fiquem facilitadas,
avança a edição desta sexta-feira do semanário Sol.
O responsável pela pasta das Finanças, Vítor
Gaspar, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, têm encetado
esforços no sentido de convencer os seus pares europeus a concederem mais um
ano a Portugal para atingir a meta do défice de 3%, bem como a possibilitarem
uma renegociação dos prazos de pagamento de empréstimos, adianta o Sol.
Isto porque a próxima reunião do Eurogrupo tem lugar na
segunda-feira e poderá ser determinante no que à sétima avaliação da troika ao
programa português diz respeito.
Se
os congéneres europeus ‘comprarem’ os argumentos de Gaspar e de Portas, poderão
facultar uma suavização dos cortes de 4 mil milhões na despesa do Estado, que,
em vez de terem de ser levados a cabo até 2014, diluir-se-iam, assim, por mais
um ano, ou seja, até ao fim de 2015.
Ao
mesmo tempo, Portugal contará com um trunfo improvável: a instabilidade
desencadeada pelas eleições legislativas em Itália. Aliás, o primeiro-ministro,
Pedro Passos Coelho, terá veiculado esta mensagem numa reunião com a comissão
política do PSD, que decorreu esta semana.
“A
Europa não pode arriscar-se a deixar cair Portugal e a abrir um novo problema
na zona euro”, terá dito o líder do Executivo, segundo indica o semanário Sol.
Desta feita, procurar-se-á convencer a troika a atenuar os efeitos da austeridade,
uma vez que, a situação italiana provou que “os eleitorados podem criar
enguiços aos programas de ajustamento”, cita o Sol.
N. M.
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