Procuradora-Geral
da República deu posse ao novo director do DCIAP e confirmou que Cândida
Almeida irá continuar no Ministério Público.
A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, falou
nesta segunda-feira na necessidade de as investigações serem feitas “em tempo
útil e razoável”, de forma a permitirem “a reconquista da confiança do cidadão
na justiça”.
Na tomada de posse do novo director do Departamento Central de
Investigação e Acção Penal (DCIAP), Joana Marques Vidal declarou-se convicta de
que a anterior responsável pelo combate à corrupção e à grande criminalidade
económico-financeira, Cândida Almeida, compreendeu como “a mudança de pessoas
constitui factor essencial do normal funcionamento de qualquer instituição,
reflectindo [...] a sua vitalidade”.
De
resto, referiu, Cândida Almeida irá continuar a trabalhar no Ministério
Público, “no exercício de outras funções igualmente relevantes”. Quais, não
disse. A própria escusou-se a prestar quaisquer declarações aos jornalistas
durante a cerimónia.
Também
o recém-empossado director do DCIAP, Amadeu Guerra, reconheceu que o sistema
judicial se encontra abalado por uma crise de credibilidade de confiança.
Revelando
que não lhe foi fácil aceitar o convite para o cargo e estar ciente das
dificuldades que vai encontrar, o magistrado de 58 anos admitiu que a sua vida
irá sofrer uma mudança: “Sou defensor de uma actuação discreta e assim
pretendia continuar. Estou consciente de que a direcção do DCIAP tem uma certa
notoriedade pública, na medida em que aqui são investigados processos de
especial complexidade e relevância social, cujos resultados são determinantes
para aprofundar a defesa da legalidade enquanto componente essencial do Estado de
direito”.
=Público=
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