Aprovação
formal de mais uma tranche só depois de apresentação de programa de cortes na
despesa em Maio.
Apesar da revisão em alta dos objectivos do défice e da
deterioração acentuada das condições económicas, a implementação do programa
"continua no bom caminho", considera a troika no final de uma missão de quase três
semanas em Portugal.
Num comunicado conjunto emitido nesta sexta-feira com as
conclusões da sétima avaliação ao programa de ajustamento português, a Comissão
Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional afirmam que
"o objetivo estabelecido para o final de 2012 em matéria de
défice orçamental foi cumprido, a estabilidade do setor financeiro foi
preservada e a execução de um vasto leque de reformas estruturais está a avançar",
salientando ainda que "o ajustamento externo continua a exceder as
expectativas".
A
evolução mais negativa do que o esperado da actividade económica é explicada
pela troika com
três factores: "diminuição da procura por exportações, em particular da
zona euro, baixos níveis de confiança e níveis de endividamento elevados no
sector privado". O que levou a que, no decorrer desta avaliação, fossem
reavaliadas "as escolhas de políticas e a implementação do programa".
A troika revela ainda que as receitas de
privatizações vão ser uma das formas encontradas pelo Governo para garantir
que, apesar de os défices serem mais elevados, não será preciso reforçar o
envelope financeiro previsto no programa. "As autoridades estão empenhadas
em cobrir as necessidades de financiamento suplementares resultantes dos
objetivos em matéria de défice orçamental revistos, incluindo através das
receitas das privatizações", afirma o comunicado da troika.
Apesar
dos elogios, para que a avaliação seja considerada positiva e seja dada
autorização para a entrega de mais uma tranche do empréstimo (de cerca de 2000
milhões de euros), a troika diz que irá ainda esperar pela
apresentação, até Maio, do relatório com a estratégia orçamental detalhada
de médio prazo, o documento onde o Governo dará a conhecer quais as medidas
de redução permanente da despesa que irão ser implementadas em 2013,
2014 e 2015.
MAIS
=Público=
Sem comentários:
Enviar um comentário