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sábado, 9 de março de 2013

As cinco intervenções de Cavaco


No dia em que comemora a posse do seu segundo mandato como Presidente da República, Cavaco Silva defende a sua posição de "embaixador do País" num texto divulgado, este sábado, no livro 'Roteiros VII'. Cavaco quebra a barreira do silêncio –do qual tem sido criticado – e o Diário de Notícias mostra os cinco ‘cirúrgicos’ momentos de intervenção do Chefe de Estado.
 Na edição deste sábado, e no seguimento da publicação do Prefácio do livro 'Roteiros VII', onde Cavaco fala da sua posição perante Portugal, o Diário de Notícias enumerou as cinco intervenções do Presidente da República.

No que toca à troika, Cavaco defende que é importante manter o acordo social assinado entre patrões e sindicatos, tendo, nas últimas semanas, tentado sensibiliza a missão externa a tomar uma posição mais favorável em relação à temática das indeminizações.


Quanto ao Orçamento do Estado para este ano, Cavaco Silva tomou uma posição deveras criticada pelos partidos de oposição: o Presidente da República pediu ao Tribunal Constitucional a fiscalização sucessiva da constitucionalidade de três pontos que, na altura, lhe trouxeram dúvidas. Em causa estava a suspensão do pagamento do subsídio de férias, a suspensão deste subsídio aos reformados e aposentados, e por fim, a contribuição extraordinária de solidariedade sobre as pensões acima dos 1350 euros.

A expressão "espiral recessiva" usada por Cavaco fez manchete nos meios de comunicação e mostrou uma posição mais coesa do Presidente sobre a crise. Nas suas palavras, Cavaco avisa que "temos urgentemente de pôr cobro a esta espiral recessiva em que a redução drástica de procura leva ao encerramento de empresas e ao agravamento do desemprego". A expressão foi proferida na mensagem de Ano Novo  e entrou, de forma automática, nos discursos políticos.

A Taxa Social Única (TSU) mereceu também algumas palavras por parte do Chefe do Executivo, que convocou – na véspera de uma manifestação contra a troika – uma Conselho de Estado, que durou oito horas e teve duas conclusões: a obrigação de Passos Coelho desistir da medida da TSU e a melhorar o relacionamento entre o PSD e o PP, de modo a fortalecer a colisão governamental.

Por fim, o acordo de concertação social, que depois de assinado, deixou cair por terra as intenções do Governo em aumentar a carga laboral em mais meia hora, mostrou um Presidente da República empenhado, desde o primeiro argumento sobre a questão.

N. M.

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