Como a tempestade troa sobre Portugal desde há mais de
ano e meio, sem que se vislumbre uma melhoria das condições de vida da cidadania,
também na Assembleia da República troam as gargalhadas dos deputados da
maioria, a voz do primeiro-ministro e dos líderes das oposições, vamos ouvindo
que mais medidas de austeridade se avizinham, como única forma de melhorar a
situação vigente, mas que só trará mais miséria e mais fome, mais desespero e
até mais mortes.
O senhor Pedro faz afirmações que metem engulhos a quem
as ouve, chegando mesmo ao ponto de afirmar nada se importar com todos os
protestos e manifestações levadas a cabo pelos cidadãos.
Perante isto, resta apenas responder-lhe como até agora,
demonstrando-lhe que, se ele não teme nem governa conforme os protestos de rua,
que segue o caminho traçado e que tem levado à ruína dos portugueses.
Faz anúncios que nada dizem, limita-se a mostrar toda a
sua agressividade, e todos sabemos que isso nada resolve, bem pelo contrário,
até porque o povo português já deu mostras de que não cederá um milímetro que
seja, e o braço-de-ferro será mantido até que o governo tome o caminho da rua,
se demita e a voz seja devolvida aos portugueses.
Mas, movido pela raiva que o assola, e que tenta
descarregar sobre o nobre povo português, cego por esse reles sentimento e sua
presa, tenta defender-se, atacando às cegas, como aqueles que em combate brande
uma espada sem nexo, perdido já para a
vida política.
Ele sabe que os portugueses esgotaram a sua paciência
para com ele, e que deverá decidir-se a deixar o lugar que ilegitimamente
ocupa, contra a vontade do povo que o elegeu, num momento de falta de lucidez.
Insiste de forma estranha na troika, nas suas directivas,
fortemente lesivas para todos os portugueses, sob as palmas alarves de
deputados a quem nos vemos obrigados a pagar os salários que recebem, para nos
hostilizarem de forma severa, em nome de uma falsa estabilidade governativa.
Como se sente corroído pela afronta demonstrada no
passado sábado pelas ruas do país, com um povo demonstrando a sua indignação
contra si, ele tenta manter-se agressivo, como se a agressividade pudesse
resolver-lhe sos problemas de incapacidade e de ignorância, de prepotência e
opressão que impõe, tentando imitar à perfeição as atitudes de qualquer
tiranete, do passado ou do presente.
Demita-se o governo, devolva-se a voz aos portugueses,
para que possam viver em paz e com mais dignidade.
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