Tem cada vez mais repercussão, até nas redes sociais, o
aumento da repressão económica e social feita e levada a cabo pelo actual
governo, aumentando os casos de depressão e também o uso de drogas e álcool
entre a cidadania, sob o olhar esquivo de uns governantes acéfalos que se
limitam a ter como receita a austeridade.
Num período de tempo de cerca de vinte meses, em que nem
os jornalistas escapam às pressões internas feitas nos locais de trabalho pelas
redacções, sendo mais sujeitos a pressão causada por determinadas
circunstâncias de trabalho, tornando-os mais vulneráveis, além de outras
condições,capazes de produzir o desequilíbrio mental e emocional, tal como à
cidadania em geral.
Têm sido analisados vários aspectos quer da população em
geral quer de determinados profissionais sujeitos a certas pressões causadores
de forte stress, sendo encontrado um grande número de profissionais que
trabalham em estado de pré-exaustão e de exaustão nos locais de trabalho.
A concentração da propriedade quer dos meios de
comunicação, que torna crucial a aceitação de uma forma de trabalho restrito a
regras do “quem manda pode e quem manda aqui sou eu, e se não está bem mude-se”,
que transforma o indivíduo em passivo face às circunstâncias indignas de
trabalho, conduzindo-os a consultas e a tratamentos do foro psiquiátrico,
chegando alguns dirigentes a solicitar juntas médicas para avaliarem o estado
de saúde dos seus funcionários, duvidando da sua sanidade mental e psicológica.
Em Portugal, existem grupos de comunicação, grupos de
empresas que se unem na defesa única dos seus santos interesses, com a
conivência dos governantes, sendo necessária muita coragem para fazer uma
denúncia formal sobre o verdadeiro assédio a que são sujeitos/as os
trabalhadores, ou mesmo a chantagem e ao mesmo tempo poderem manter o seu
ganha-pão.
Dentro de pouco tempo, como uma das consequências das
condições repressivas de trabalho, temo que não haja suficientes serviços de
saúde mental para acolherem o número crescente de novos doentes do foro.
Em consequência das longas e extenuantes jornadas de
trabalho, os cidadãos relatam dificuldades de relacionamento, insegurança e
medo no que toca a tomada de decisões, mas exigindo o anonimato, sinal dessa
mesma insegurança e medo de perderem o precário posto de trabalho. Aliás, cada
vez mais precário e pior remunerado, que produz a sensação geral de
vulnerabilidade e frustração, levando aos casos de depressão, alguns deles de
melancolia.
Posso afirmar que, neste momento em Portugal, não há um
único trabalhador que escape a esse assédio, a essas determinações abençoadas
pelo actual governo e que. já se pode afirmar que cerca de 50% dos trabalhadores
vivem um verdadeiro terrorismo, sela ele empresarial seja causado pelos gestores públicos e privados,
acobertados pelo manto extenso do actual governo de Portugal, que incentivou e
apoia tal ambiente de trabalho, onde impera
a depreciação das capacidades e competências, acabando o trabalhador por
emular a personalidade que lhe é atribuída, com a consequente redução da
autoestima e das suas ambições profissionais e pessoais.
Esta forma de terrorismo empresarial, funcional e de
gestores nomeados para o efeito, tem sido bem sucedida graças à tão propalada “crise”,
que tem incutido o medo, ou o horror em todos aqueles que, além de terem dado
provas de serem bons profissionais, devido ao tremendo stress a que são
expostos, se vêm obrigados ao consumo de medicamentos (drogas), sendo os mais
frágeis vítimas também do álcool e de outras drogas…
Mas, eles não param, pelo contrário, aumentam drasticamente
os meios de assédio aos trabalhadores e funcionários, esperando que se demitam
e vão engrossar as filas do desemprego e entrem, provisória ou definitivamente,
na rota da miséria, do desemprego e da degradação emocional, psíquica e social.
Tudo isto demonstra que efectivamente tem razão o
primeiro-ministro luxemburguês, quando afirma temer uma revolta europeia levada
a cabo pela sociedade reprimida e julgada excedentária pelos patrões e
governantes, que andam de mãos dadas na que consideram etapa definitiva para
acabarem de vez com o Estado social neste velho continente.
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