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sexta-feira, 15 de março de 2013

«REPRESSÃO AO POVO PORTUGUÊS»


Tem cada vez mais repercussão, até nas redes sociais, o aumento da repressão económica e social feita e levada a cabo pelo actual governo, aumentando os casos de depressão e também o uso de drogas e álcool entre a cidadania, sob o olhar esquivo de uns governantes acéfalos que se limitam a ter como receita a austeridade.

Num período de tempo de cerca de vinte meses, em que nem os jornalistas escapam às pressões internas feitas nos locais de trabalho pelas redacções, sendo mais sujeitos a pressão causada por determinadas circunstâncias de trabalho, tornando-os mais vulneráveis, além de outras condições,capazes de produzir o desequilíbrio mental e emocional, tal como à cidadania em geral.

Têm sido analisados vários aspectos quer da população em geral quer de determinados profissionais sujeitos a certas pressões causadores de forte stress, sendo encontrado um grande número de profissionais que trabalham em estado de pré-exaustão e de exaustão nos locais de trabalho.

A concentração da propriedade quer dos meios de comunicação, que torna crucial a aceitação de uma forma de trabalho restrito a regras do “quem manda pode e quem manda aqui sou eu, e se não está bem mude-se”, que transforma o indivíduo em passivo face às circunstâncias indignas de trabalho, conduzindo-os a consultas e a tratamentos do foro psiquiátrico, chegando alguns dirigentes a solicitar juntas médicas para avaliarem o estado de saúde dos seus funcionários, duvidando da sua sanidade mental e psicológica.

Em Portugal, existem grupos de comunicação, grupos de empresas que se unem na defesa única dos seus santos interesses, com a conivência dos governantes, sendo necessária muita coragem para fazer uma denúncia formal sobre o verdadeiro assédio a que são sujeitos/as os trabalhadores, ou mesmo a chantagem e ao mesmo tempo poderem manter o seu ganha-pão.

Dentro de pouco tempo, como uma das consequências das condições repressivas de trabalho, temo que não haja suficientes serviços de saúde mental para acolherem o número crescente de novos doentes do foro.

Em consequência das longas e extenuantes jornadas de trabalho, os cidadãos relatam dificuldades de relacionamento, insegurança e medo no que toca a tomada de decisões, mas exigindo o anonimato, sinal dessa mesma insegurança e medo de perderem o precário posto de trabalho. Aliás, cada vez mais precário e pior remunerado, que produz a sensação geral de vulnerabilidade e frustração, levando aos casos de depressão, alguns deles de melancolia.

Posso afirmar que, neste momento em Portugal, não há um único trabalhador que escape a esse assédio, a essas determinações abençoadas pelo actual governo e que. já se pode afirmar que cerca de 50% dos trabalhadores vivem um verdadeiro terrorismo, sela ele empresarial seja  causado pelos gestores públicos e privados, acobertados pelo manto extenso do actual governo de Portugal, que incentivou e apoia tal ambiente de trabalho, onde impera  a depreciação das capacidades e competências, acabando o trabalhador por emular a personalidade que lhe é atribuída, com a consequente redução da autoestima e das suas ambições profissionais e pessoais.

Esta forma de terrorismo empresarial, funcional e de gestores nomeados para o efeito, tem sido bem sucedida graças à tão propalada “crise”, que tem incutido o medo, ou o horror em todos aqueles que, além de terem dado provas de serem bons profissionais, devido ao tremendo stress a que são expostos, se vêm obrigados ao consumo de medicamentos (drogas), sendo os mais frágeis vítimas também do álcool e de outras drogas…

Mas, eles não param, pelo contrário, aumentam drasticamente os meios de assédio aos trabalhadores e funcionários, esperando que se demitam e vão engrossar as filas do desemprego e entrem, provisória ou definitivamente, na rota da miséria, do desemprego e da degradação emocional, psíquica e social.

Tudo isto demonstra que efectivamente tem razão o primeiro-ministro luxemburguês, quando afirma temer uma revolta europeia levada a cabo pela sociedade reprimida e julgada excedentária pelos patrões e governantes, que andam de mãos dadas na que consideram etapa definitiva para acabarem de vez com o Estado social neste velho continente.

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