Número total de visualizações de páginas

sábado, 2 de março de 2013

"Pode haver uma revolução se não tiram as ilações devidas"


O histórico socialista, Manuel Alegre é peremptório ao afirmar que os portugueses não aguentam tudo e que o País está perto do limite. Como tal, e em dia de manifestação, deixa o recado: “Pode haver uma revolução se [os governantes] não tiram as ilações devidas”. Para Alegre, o Executivo “está sem espaço”, acrescentando ainda, em entrevista à edição deste sábado do jornal i, que ver o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, cantar a ‘Grândola’ foi “patético”.
 No mesmo dia em que o País sai à rua, naquela que será uma manifestação que pretende igualar a de 15 de Setembro de 2012, o socialista Manuel Alegre vaticina, em entrevista ao jornal i, uma revolução, avisando os governantes que “se não tiram as ilações devidas”, tal poderá mesmo acontecer.

Alegre dificilmente poderia traçar um diagnóstico mais cinzento ao Portugal de hoje. “É uma situação como eu nunca vi. Nunca existiu. É uma situação explosiva. Explosiva”, enfatiza o também poeta. 

Logo, recomenda, “se é preciso cortar com o memorando [da troika], corte-se. Se é preciso cortar com a troika, corte-se com a troika”, e sublinha : 

“Não quero estar na Europa para liquidar o meu País”.

“O Governo está sem espaço”, acautela o socialista, que considera ter sido “patético” ver o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, a cantar a ‘Grândola’.

Relativamente ao partido que milita, Manuel Alegre defende que “os socialistas devem estar do lado dos que protestam, não podem é estar no meio”, acrescentando ter, “da parte dos dirigentes do PS, muitas razões de queixa [sobre o pouco apoio nas Presidenciais de 2011].

Por fim, e no que à reconciliação com o antigo chefe de Estado, Mário Soares, diz respeito, Alegre comenta que “foi uma coisa normal”, e conta, a esse propósito que foi abordado por uma senhora na farmácia que lhe disse: “Já agradeci a Nossa Senhora [pelos dois históricos terem reatado o contacto] ”.

N. M.

Sem comentários:

Enviar um comentário