O Parlamento debate esta tarde uma interpelação do PCP
sobre a 'situação nacional', com os comunistas a levarem à
discussão um projecto de resolução que exige a demissão imediata do
Governo e a convocação de eleições antecipadas. Acompanhe o debate com o SOL.
15h42: Jorge Lacão (PS) - Fez uma interpelação à mesa e reconheceu que a
iniciativa do PCP é «inerente ao que aqui se vai
passar». O comentário mereceu o aplauso da bancada comunista. Mas a observação do
deputado do PS trouxe consigo uma pergunta à Presidente da Assembleia da
República, Assunção Esteves: «Qual é a formula do acto que
aqui temos em causa, quais sai as exigência constitucionais para a sua
aprovação?». Ou seja, Lacão estranhava o facto da Assembleia aceitar a interpelação ao
Governo do PCP - que convida à demissão do Governo - sabendo que não há
consequências institucionais sobre o resultado da votação que pode sair do
Parlamento. Assunção Esteves sublinhou que «depois de
leitura ponderada do regimento da Constituição [...] decidimos abrir o espaço
ao Parlamento, isto é, deixar abertura ao Parlamento» para debater a
interpelação ao Governo proposta pelo PCP.
15h38: Francisco Lopes (PCP) - «Não se pode permitir que esta
obra de destruição continue até 2015», afirmou o deputado comunista, apontando
mais uma vez para a necessidade de se«renegociar a dívida
para que Portugal se prepare para o futuro».
15h35: Paulo Batista Santos (PSD) - «Digam-me os senhores, onde vão
buscar os meios financeiros para aumentar os salários, as pensões, o subsidio
de desemprego, acabar com as portagens?», questionou o deputado
social-democrata à bancada do PCP.
15h32: Paulo Batista Santos (PSD) - O deputado social-democrata referiu-se à
interpelação do PCP como uma «inédita iniciativa política» já que o PCP não pode
apresentar uma moção de censura durante esta legislatura. Batista Santos acusou
os comunistas de quererem fazer uma «moção de
censura ao PS, que subscreveu o memorando, e não a esta maioria e a este
Governo».
15h30: «É chegada a hora de apostar numa nova política industrial e económica na
Europa», afirmou Álvaro Santos Pereira, para que a «Europa evite o declínio».
15h27: Álvaro Santos Pereira recordou uma linha de apoio de 500 milhões de euros
para financiar as pequenas e médias empresas bem como o alargamento dos prazos
de pagamento deste empréstimos. De acordo com o ministro da Economia, «este é o reconhecimento de que as empresas são fundamentais para
a retoma do crescimento económico». Santos Pereira falou numa «segunda fase da legislatura» para relançar a
competitividade fiscal, fase esta que foi inaugurada com o lançamento de uma
estratégia de fomento industrial que «irá
estabelecer as bases para o crescimento económico até 2020».
15h23: Álvaro Santos Pereira - «Todos sabemos, todos sentimos
que estamos a viver a maior crise das últimas décadas»,afirmou o ministro da
Economia. O governante sublinhou que esta é uma «crise
nacional e europeia» e, neste quadro, os indicadores macroeconómicos
subiram para níveis «sem precedentes».Santos Pereira usou o
termo «tragédia» para apelar à urgência
para diminuir o nível de endividamento da Economia nacional. Este trabalho,
diz, já está a ser feito, nomeadamente através do lançamento do «mais ambicioso conjunto de medidas para reformar a Economia
nacional».
15h19: Francisco Lopes acusa o Governo de agir à margem da Constituição e o
Presidente da República de «fazer o papel de protagonista
e assessor do seu incumprimento». O deputado comunista reitera mais uma
vez a «urgência de terminar com esta política antes
que esta política de direita acabe com o país».Segundo Lopes, é
preciso «marcar eleições», devolver a palavra aos
portugueses e «libertar Portugal destas
amarras».
15h14: Francisco Lopes (PCP) - O deputado comunista acusa o Governo de estar a
seguir uma «política de desastre» que«empurra o país para uma das mais graves, profundas e prolongadas recessões
de sempre», promovendo «um brutal
agravamento da exploração do trabalho com as alterações ao Código do Trabalho». Perante este
cenário, os comunistas questionam a leitura do Governo sobre a sétima avaliação
da troika e dizem tratar-se de uma «patética
demomstração de mistificação e hipocrisia».
15h11: Francisco Lopes, do PCP, autor da iniciativa, dá início à interpelação ao
Governo.
15h10: Está aberta a sessão parlamentar com um único ponto na agenda: a
interpelação ao Governo do PCP sobre "A
situação nacional, a urgência da demissão do Governo e da rejeição do Pacto de
Agressão; Por uma política alternativa para o progresso do País".
Álvaro Santos
Pereira, ministro da Economia, Miguel Macedo, ministro da Administração
Interna, e Teresa Morais, secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares,
estão na Assembleia em representação do Governo.
(…)
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