Cara/o amiga/o,
O Governo anunciou na passada sexta-feira o que já se sabia desde o início: os efeitos devastadores da estratégia do Memorando acordado com a troika são muito mais gravosos do que havia sido anunciado. De acordo com o próprio Ministro das Finanças, o PIB cairá 2,3% (mais do dobro das previsões de 1% definidas no Orçamento do Estado em finais de 2012) e a taxa de desemprego atingirá 19%.
Nunca em democracia a economia e os portugueses foram
tão fustigados e desvalorizados, nunca a sociedade foi tão ameaçada por um
governo irresponsável.
A estratégia de comunicação do governo e da troika é clara: sabendo desde sempre que a receita da austeridade a todo o custo teria resultados social e politicamente inaceitáveis, vão gerindo as expectativas dos cidadãos, ajustando as previsões a pouco e pouco, acusando o contexto internacional ou os efeitos supostamente inesperados da austeridade pelos ‘erros nas previsões’.
A estratégia de comunicação do governo e da troika é clara: sabendo desde sempre que a receita da austeridade a todo o custo teria resultados social e politicamente inaceitáveis, vão gerindo as expectativas dos cidadãos, ajustando as previsões a pouco e pouco, acusando o contexto internacional ou os efeitos supostamente inesperados da austeridade pelos ‘erros nas previsões’.
O que o governo não diz é que esta continua a ser a sua
estratégia deliberada para empobrecer o país, na convicção ideológica cega,
fanática e errada de que com a redução de todos os custos salariais, tanto os
diretos como os indiretos, se alcançaria uma idílica competitividade da
economia. Uma competitividade de que, afinal, os cidadãos não beneficiam e de
que, pelo contrário, são vítimas. São-no hoje com um brutal empobrecimento,
sê-lo-ão amanhã como população sem direitos, sem bem-estar, sem retribuição
digna e sem uma sociedade organizada que os apoie e incentive.
No entanto, está hoje demonstrado que políticas de austeridade assentes na punição dos rendimentos do trabalho, no desmantelamento dos serviços públicos e na redução do investimento e do consumo não são uma solução, são antes uma das fontes principais dos problemas do país. Recessão profunda, falências de pequenas e médias empresas, desemprego massivo, incapacidade de superar o descontrolo das finanças públicas, aumento da precariedade laboral, desigualdades e injustiças sociais crescentes, economia sem procura, desmembramento da sociedade, emigração e falta de confiança no futuro — eis alguns dos resultados mais nocivos de uma governação que oprime.
No entanto, está hoje demonstrado que políticas de austeridade assentes na punição dos rendimentos do trabalho, no desmantelamento dos serviços públicos e na redução do investimento e do consumo não são uma solução, são antes uma das fontes principais dos problemas do país. Recessão profunda, falências de pequenas e médias empresas, desemprego massivo, incapacidade de superar o descontrolo das finanças públicas, aumento da precariedade laboral, desigualdades e injustiças sociais crescentes, economia sem procura, desmembramento da sociedade, emigração e falta de confiança no futuro — eis alguns dos resultados mais nocivos de uma governação que oprime.
É hoje claro em que consiste a devastação de
recursos, a desqualificação das pessoas e a falta de um compromisso que gere
confiança. Portugal e os portugueses foram empobrecidos, estão desapossados do
seu futuro, e o mais perturbador é haver quem ache que é esse o melhor destino
a dar ao País. Por isso o querem impor como modelo.
As propostas resultantes do Congresso Democrático das Alternativas realizado a 5 de Outubro de 2012 continuam, neste contexto, a representar o caminho urgente para uma saída sustentada da crise. Continua a ser fundamental denunciar o Memorando e negociar com a CE, o BCE e o FMI. Nessa negociação, a questão da reestruturação da dívida assume prioridade absoluta. Continua a ser fundamental uma reconfiguração dos tratados europeus, do estatuto do BCE, assim como a anulação do chamado Pacto Orçamental.
As propostas resultantes do Congresso Democrático das Alternativas realizado a 5 de Outubro de 2012 continuam, neste contexto, a representar o caminho urgente para uma saída sustentada da crise. Continua a ser fundamental denunciar o Memorando e negociar com a CE, o BCE e o FMI. Nessa negociação, a questão da reestruturação da dívida assume prioridade absoluta. Continua a ser fundamental uma reconfiguração dos tratados europeus, do estatuto do BCE, assim como a anulação do chamado Pacto Orçamental.
Continua a
ser fundamental relançar a criação de riqueza através de investimentos
inteligentes e da distribuição de rendimentos pelos salários, única forma de
combater a depressão e o caos. E continua a ser fundamental uma alternativa política que substitua o
atual poder, assumindo resolutamente os desafios da denúncia do Memorando, da
afirmação da democracia, do desenvolvimento e da justiça social.
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