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segunda-feira, 18 de março de 2013

Governo quer despedir os mais pobres, diz CGTP


O primeiro-ministro anunciou esta manhã que as rescisões a Função Pública começarão pelos assistentes operacionais e técnicos. A central sindical diz que são "os que ganham menos" e "sustentam o funcionamento do Estado".
"O anúncio de hoje de Passos Coelho [de que as rescisões começavam pelos assistentes operacionais e técnicos] não tem nada a ver com a redução do défice, porque estes trabalhadores são os que menos ganham", disse Ana Avoila, dirigente da CGTP, ao Expresso. 

Passos Coelho anunciou hoje, durante uma conferência no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa, que o programa de rescisões amigáveis na Função Pública deverá começar pelos assistentes operacionais e técnicos. A CGTP acusa-o de querer fazer um despecimento coletivo entre os trabalhadores que ganham menos na Função Pública.

O chefe de Governo justificou a escolha destes grupos profissionais com a requalificação da administração pública.

 "Num primeiro momento o programa poderá vir a ser dirigido para grupos como assistentes operacionais e técnicos, como forma de suporte ao processo de incremento de qualificação da administração pública".

Ana Avoila contesta a ideia de que estes profissionais são os menos qualificados: "Podem ser os que ganham menos, mas são o sustentáculo de todo o funcionamento do Estado."

A sindicalista acusa Passos de estar a querer cortar nestes funcionários para poder diminuir as funções sociais do Estado. 

"O que se trata aqui é de uma questão ideológica, da tal refundação do Estado." 


=Expresso=




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