António José Seguro considerou
que “as coisas vão de mal a pior” em Portugal, mas garantiu que não prometerá
aos portugueses aquilo que não poderá cumprir.
Ao intervir durante a cerimónia de apresentação da
candidatura de José Junqueiro à Câmara de Viseu, o líder socialista afirmou que
o PS tem de “devolver a esperança aos portugueses” com soluções concretas e sem
ilusões.
“Falarmos aos portugueses de olhos nos olhos, com os pés bem
assentes na terra, com a certeza de que não podemos prometer nada que não possamos
vir a cumprir quando voltarmos a ser Governo. Essa é a nossa responsabilidade,
esse é o nosso compromisso”, sublinhou.
Segundo o secretário-geral do PS, o caminho que Portugal tem
de seguir para sair da crise que está a viver é “difícil, exigente e íngreme”
e, para promover a mudança, o partido precisa da “união de todos os
portugueses”, mobilizados em torno de uma alternativa.
“É possível um caminho que una e junte portugueses e não os
ponha uns contra os outros: funcionários do Estado contra os funcionários dos
privados, idosos contra jovens, militares contra civis, reformados contra
desempregados. Nós somos uma só nação”, realçou.
António José Seguro disse que, por vezes, quando ouve o
primeiro-ministro a falar, fica “com a ideia de que tudo isto era mais fácil se
não houvesse pessoas”.
“Isso é lá com ele. Nós gostamos muito das pessoas e a
política só tem sentido se pensarmos e agirmos sempre em função das pessoas”,
sobretudo aquelas “que menos têm, as que estão desempregadas, as que têm
pensões de miséria, as que não têm qualquer tipo de apoio”, afirmou.
Para o líder socialista, Pedro Passos Coelho “pode ter
direito de ter as suas ideias do país que quer”, mas “devia tê-las dito durante
a campanha eleitoral”.
“O país que o Dr. Pedro Passos Coelho quer não é o mesmo país
que nós queremos. Nós queremos um país que não deixe ninguém para trás, onde
ninguém fique à beira da estrada, moderno, desenvolvido, que combate as
desigualdades sociais”, defendeu.
Assim, considerou que “este é o momento de o PS voltar a
erguer-se de norte a sul” do país e preparar uma alternativa.
PS: Será que ainda vai a
tempo? Mas como conseguirá unir os portugueses, se todos os outros, com as
habituais excepções da esquerda, preferem a desunião para melhor a mais
facilmente reinarem?
Avance o mais rapidamente
possível para a plataforma de esquerda antes que seja demasiado tarde, para
salvar Portugal e os portugueses, sobretudo os de menores recursos.
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