Um estudo efectuado nos anos 60 referia que as pessoas com
personalidade do tipo A – ambiciosas, agressivas, impacientes – tinham maior
probabilidade de sofrer ataques cardíacos que as do tipo B, mais passivas,
flexíveis e depressivas.
O paradigma do tipo A era descrito como o executivo
masculino de nível elevado, no apogeu da carreira, entre os quarenta e os
cinquenta e poucos anos.
Quando estudos ulteriores não mostraram qualquer diferença
entre os índices dos ataques cardíacos nos indivíduos de personalidade do tipo
A e tipo B, alguns investigadores decidiram que o conceito inicial tinha de ser
reformulado e começaram a procurar a “característica tóxica” da personalidade
do tipo A.
Desde então, vários investigadores aventaram que a hostilidade,
a hipocrisia e o egocentrismo constituiam os factores de risco de doença
cardíaca mais do que a ambição; mas também estas conclusões não passam de
hipóteses especulativas.
Certos estudos indicam que as pessoas com personalidade do
tipo A podem diminuir o seu risco de ataque cardíaco apremdemdo a reagir mais
calmamente quando sujeitas a críticas e pressões injustas..
Porém, seja qual for o nosso tipo de personalidade, a
prevenção das doenças cardiovasculares passa sempre, e sobretudo, por uma
alimentação equilibrada, o não –fumar, o exercício físico, o controlo da tensão
arterial e a procura de tempos de lazer, que nos permitirão fazer face ao
stress inerente às nossas preocupações familiares, profissionais e sociais.
O estudo mental pode agravar os sintomas de certas doenças e
até tornar-nos mais propensos a adoecer, mas não se sabe bem como é que os
factores biológicos e psicológicos agem entre si.
Evidentemente, a predisposição genética pode constituir o
suporte de problemas tanto físicos como emocionais, mas a relação entre estes
dois factores ainda não se encontra perfeitamente definida.
Os investigadores têm, contudo, estudado o problema, e a sua
conclusão é de que a susceptibilidade à doença tem muitas vezes origens
psicológicas e o enfraquecimento das defesas biológicas contra agentes
estranhos pode justificar o maior risco de doença física em situações de
sofrimento psicológico.
O narcisismo – designação derivada do nome do lendário jovem
grego Narciso, que se enamorou da sua pr´p+ria imagem reflectida na água – não é
de modo algum um distúrbio recente.
Parece cada vez mais vulgar (sobretudo entre certos
indivíduos ligados á política), apologistas do “eu é que sei, eu sei que sou
bom”, talvez, devido à filosofia do “primeiro eu” que vem prevalecendo
ultimamente.
Os narcisistas ignoram frequentemente os sentimentos e necessidades dos outros.
Exageram a sua própria importância e talento e, se não
recebem o que julgam merecer, sentem-se vítimas da hostilidade alheia, como um
mau actor que responsabiliza os críticos pelo insucesso das suas actuações.
Actualmente, Portugal está recheado de narcisistas
políticos, especialmente no poder, que
com as suas práticas do custe o que custar e a sua ânsia de agradar à troika, empurram os cidadãos para o abismo,
sentindo-se felizes com as congratulações recebidas.
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