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quarta-feira, 6 de março de 2013

«A PÃO E ÁGUA»



Que se leve tempo para reflectir e para perspectivar estes e outros princípios sociais, e as leis votadas a par da realidade, pela troika ou pelo ministro das Finanças, os portugueses – e sobretudo os já poucos funcionários públicos – vêem-se cada vez mais à nora, sempre suspensos em novos cortes salariais que deveriam merecer o total repúdio por todos aqueles que exercem as suas funções no sector estatal.

Serão eles os escravos sociais, que devem pagar pelos roubos cometidos em bancos e em outros locais, como por exemplo a prática da tremenda corrupção que se amplia a cada dia que passa em Portugal.

Os excluídos do saber e da cultura, os que deles são privados, terão as mesmas oportunidades que os letrados para circularem no labirinto dos conhecimentos? Os soldados nas casernas, aqueles que ainda há pouco foram recrutados, disporão dos direitos que podem usufruir fora do recinto das casernas?

Os pobres estarão em pé de igualdade com os ricos? Esses indignados que ganham acima de 70 mil euros mensais e que exerceram em bancos enquanto usuravam os funcionários?

Também aqui faço a pergunta: “as mulheres? Estarão elas em pé de igualdade com os homens?” É inútil ir mais longe, desenvolver o tema pois, hoje, mais que nunca, a diversidade é contrariada em proveito da celebração destinada unicamente àqueles que tiveram a sorte de estarem em conformidade com as categorias desejadas, acarinhadas e protegidas pelo senhor Gaspar e pelo  senhor Pedro, e que fazem o bom cidadão, portador do cartão dos partidos que formam a maioria governativa.

Em que pé se encontram as crianças, os doentes mentais, os incuráveis, os sem-abrigo, os desempregados, os operários, os proletários, em matéria de igualdade, de dignidade, de direito puro e simples à existência, ao reconhecimento?

Os direitos do homem e a Constituição para os que têm fome e dormem ao relento como cães são meras frivolidades.

Aos olhos de quem conhece a miséria, a procura de um emprego, de quem esmola o trabalho ou aquilo que lhe possa assegurar os fins de mês, os decretos, as leis e as declarações de princípio são meras ninharias, e o ministro das finanças um simples “joguete” nas mãos desses troikanos que o mandam causticar sempre mais aqueles que mais nada podem dar de seu, sem que coloque em perigo a própria sobrevivência.

Um dia, será demasiado tarde para arrepiar o caminho mal andado, mal percorrido!

Aí, o povo e a “sua Grândola” será implacável!

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