Ministro
das Finanças adiantou, à saída do Ecofin, que os cortes devem avançar para
garantir “sustentabilidade das finanças públicas”.
De acordo com o Diário Económico, que
questionou directamente o ministro das Finanças sobre a possibilidade de os
cortes na despesa se diluírem para além de 2014, Vítor Gaspar explicou que têm
de ser “garantidas as condições de sustentabilidade das finanças públicas a
médio prazo”.
O Governo defende que o corte de
4000 milhões de euros na despesa do Estado aconteça até ao final de 2014. No
entanto, o CDS terá expressado a vontade em diluir a apelidada reforma do
Estado por um período mais longo.
Mas, considerando as declarações
de terça-feira do ministro das Finanças, não haverá mais tempo para o
ajustamento na despesa.
Vítor Gaspar afirmou ainda que é
necessário haver “controlo da despesa pública”, uma dimensão do ajustamento que
não está dependente de estabilizadores automáticos, como o caso do défice
orçamental, por exemplo.
Sobre a possibilidade de extensão
de um ano para o cumprimento da redução do défice, Vítor Gaspar esclareceu que
esse foi um tema que não foi discutido na reunião dos ministros da Zona Euro
(Eurogrupo) de segunda-feira, ou no Ecofin de terça-feira.
No entanto, o ministro das
Finanças adiantou que foram discutidas “as implicações para a evolução dos
procedimentos por défices excessivos”. Nesse sentido, citado pelo Diário
Económico, Vítor Gaspar explicou apenas que a Comissão Europeia
coloca a ênfase nos “indicadores estruturais de crescimento”.
Na reunião de terça-feira do
Ecofin, os ministros das Finanças da União Europeia apoiaram Portugal e Irlanda no pedido de alargamento dos prazos de
reembolso de empréstimos europeus. Mas a decisão final está agora entregue à troika,
que deve decidir os novos prazos e o modelo de extensão dos empréstimos, não
havendo os líderes europeus chegado a qualquer tipo de compromisso.
Vítor Gaspar rejeitou também de
lado a possibilidade de a maturidade dos empréstimos se prolongar por um prazo de
15 anos, como tinha sido avançado pelo ministro das Finanças
irlandês.
=Público=
Sem comentários:
Enviar um comentário