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sexta-feira, 15 de março de 2013

«TEMOS DE MUDAR DE CAMINHO»


Os portugueses não pedem mais que isso: “mudar de caminho,  e fim de toda essa austeridade!”


Mas pedem também o fim da troika, o regresso à autonomia nacional e até, imagine-se, em muitos casos, a saída do euro e o regresso ao velho escudo.

Como nunca foram ouvidos nem achados quanto à entrada na moeda única, na globalização e nem sequer na União Europeia, deveriam ouvi-los, pois como se afirma por aí, o povo é o único a ser soberano.

Quem o respeita, entretanto? E quando abandonará o PS a arrogância e quando regressará às suas origens, considerando-se e fazendo políticas de esquerda, defendendo o Estado Social e, se necessário para o conseguir, poder contar com o suporte do povo, em conjunto com todas as forças políticas e sindicais de esquerda?

De que tem medo o PS? Porque se sente refém de uma assinatura feita por quam colocou o país à beira do abismo, entregando-o de mão beijada a estes opressores da direita, que só conhecem o caminho da austeridade?

Fazer vídeos com belas imagens e gráficos, proferir algumas palavras que soem bem aos ouvidos, mas que depois se esfumam com o vento que passa, de que serve? A quem aproveitam essas belas palavras vazias de sentido prático?

Falando com alguns socialistas, consegue-se compreender que o actual Secretário-Geral do PS, ou dá um forte murro na mesa do seu partido ou acabará na prateleira, com direito a uma fotografia pendurada na parede do prédio do Largo do Rato.

Será isso que pretende o “camarada António José Seguro?”

Se assim é, boa viagem, devendo antes de a iniciar, fazer com que mude a UGT, que pouco ou nada se importa em trair os reais interesses dos trabalhadores portugueses, em vez de tomar em mãos a defesa intransigente dos que sofrem os maiores tormentos desde os tempos do ditador.

Senhor Seguro: como as bases do PS confiaram em si para mudar o rumo do PS, que espera para encetar o caminho que conduz a essa mudança?

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