Os
portugueses não pedem mais que isso: “mudar de caminho, e fim de toda essa austeridade!”
Mas pedem também o
fim da troika, o regresso à autonomia nacional e até, imagine-se, em muitos
casos, a saída do euro e o regresso ao velho escudo.
Como nunca foram
ouvidos nem achados quanto à entrada na moeda única, na globalização e nem
sequer na União Europeia, deveriam ouvi-los, pois como se afirma por aí, o povo
é o único a ser soberano.
Quem o respeita,
entretanto? E quando abandonará o PS a arrogância e quando regressará às suas
origens, considerando-se e fazendo políticas de esquerda, defendendo o Estado
Social e, se necessário para o conseguir, poder contar com o suporte do povo,
em conjunto com todas as forças políticas e sindicais de esquerda?
De que tem medo o
PS? Porque se sente refém de uma assinatura feita por quam colocou o país à
beira do abismo, entregando-o de mão beijada a estes opressores da direita, que
só conhecem o caminho da austeridade?
Fazer vídeos com
belas imagens e gráficos, proferir algumas palavras que soem bem aos ouvidos,
mas que depois se esfumam com o vento que passa, de que serve? A quem
aproveitam essas belas palavras vazias de sentido prático?
Falando com alguns
socialistas, consegue-se compreender que o actual Secretário-Geral do PS, ou dá
um forte murro na mesa do seu partido ou acabará na prateleira, com direito a
uma fotografia pendurada na parede do prédio do Largo do Rato.
Será isso que
pretende o “camarada António José Seguro?”
Se assim é, boa
viagem, devendo antes de a iniciar, fazer com que mude a UGT, que pouco ou nada
se importa em trair os reais interesses dos trabalhadores portugueses, em vez
de tomar em mãos a defesa intransigente dos que sofrem os maiores tormentos
desde os tempos do ditador.
Senhor Seguro: como
as bases do PS confiaram em si para mudar o rumo do PS, que espera para encetar
o caminho que conduz a essa mudança?
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