O jornal Público fez contas e mostra, na edição
desta sexta-feira, que se nos últimos dois anos, o salário mínimo nacional
tivesse sido actualizado de acordo com a inflação, estaria nos 503 euros. Mas
não só não está, como no final deste ano os trabalhadores que o recebem terão
perdido cerca de 18 euros/mês, o equivalente a 3,6%.
Até Dezembro de 2013, o poder de compra dos
portugueses que recebem o salário mínimo nacional deverá encolher cerca de
3,6%, avança o Público.
Contas feitas, se o salário mínimo tivesse sido
actualizado de acordo com a inflação, chegaria este ano aos 503 euros mensais,
contra os actuais 485 euros.
Contudo, como o ordenado mínimo está congelado desde 2012, a
redução do poder de compra no final deste ano, e caso a taxa de inflação
prevista pelo Governo seja confirmada, deverá ronda os 18 euros por mês.
Apesar
da insistência dos partidos da oposição e das centrais sindicais CGTP e UGT, o
primeiro-ministro Passos Coelho mantém-se inflexível, defendendo que um aumento
do salário mínimo nesta altura seria criar uma “barreira” ao emprego.
O
Público recorda que, o acordo de concertação assinado em 2006, ainda durante o
Governo de José Sócrates, previa que o salário mínimo chegasse aos 500 euros em
2011. Contudo, e quase sete anos depois, aumentou apenas dez euros, passando
dos 475 para os 485 euros, em 2010.
N. M.
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