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quarta-feira, 20 de março de 2013

«QUE PODE ESPERAR O ACTUAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA?»


Estará o senhor cego, surdo e mudo a tudo quanto se passa em Portugal? Não erá o senhor como está a ser tratado, atormentado o nobre povo português?

De que pode estar à espera para agir, de modo a que acabe o sofrimento imposto aos cidadãos e cidadãs pelo actual governo?

Já se não recorda do juramento que fez em defender o bem-estar dos portugueses e o pleno respeito pela Constituição do país?

Não vê, será que não vê a falta de respeito – e não falo da consideração que lhe é devida como seres humanos – demonstrada pelo actual governo ao povo português, esse eterno sacrificado pelos erros cometidos por outros que não ele?

O senhor fala, fala e volta a falar, e que diz? Nada, pretendendo todavia dar a entender que diz muito. Mas, tudo quanto diz não causa os resultados que deveriam impor-se, quando fala, geralmente após prolongados silêncios que ninguém percebe, vindo depois dizer que deve saber calar-se e deixar correr…

Isso, até poderia compreender-se se os portugueses pudessem manter os seus empregos, uma vida normal, viver em paz e harmonia entre si e consigo próprios, o que não é o caso, o que raramente aconteceu e que hoje, passados 39 anos da Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974.

Sei que esse generoso e glorioso acto dos valorosos capitães não foi nem é do agrado de todos os políticos e de alguns cidadãos, que pactuaram sempre com a ditadura e se sentem perdidos sem ela, mas sei também que a esmagadora maioria se sentiu feliz por ter visto chegar o fim da opressão da ditadura salazarista/marcelista.

E ousou pensar que a sua vida melhoraria, não de forma substancial mas de forma a poder ser considerado pelos políticos que viessem a escolher, conforme aos seus ideais.

O senhor esteve dez longos anos como líder de um governo, preocupando-se muito com seus amigos, mas nunca com o nobre e bom povo português que hoje, em forma de gozo descarado, chamam de “melhor povo do mundo”.

Mas, ao mesmo tempo, continuam a martirizá-lo com despedimentos, salários abaixo do limiar da dignidade humana, e que faz o senhor? Absolutamente nada, a não ser manter o mais profundo silêncio após uma fugaz aparição em público em Trás-os-Montes, mas sem coragem para enfrentar o povo, a quem tentou escapar-se, não o conseguindo.

E nem se preocupa quando vê toda a miséria que vai grassando no país, devido às péssimas políticas, como também nada diz e nada faz em relação a todos os cortes salariais e de subsídios para pagar uma dívida que não foi, com certeza, o povo a causá-la.

Possivelmente saberá quem ganhou milhões com a distribuição das verbas dispensadas por Bruxelas, quem enriqueceu com a mudança de moeda e com os sucessivos impostos a que obrigam os portugueses.

Sabe de tudo, mas prefere calar-se, não ouvir o que se diz e passa nas ruas de Portugal, preferindo dar ouvidos àqueles que afirmam que “ou salários baixos ou não há emprego para ninguém”, continuando a enriquecer de forma promíscua e abjecta.

Para além de dever chamar a Belém aqueles que dizem estar a governar Portugal, fazer-lhes ver os erros que têm cometido e aos quais não coloca qualquer travão, dedica-se a mandar editar um prefácio acerca dos seus “roteiros”, que nada dizem ao povo, que em nada o beneficia, e limitando-se a continuar calado ou a dizer apenas que se deve voltar a trabalhar na agricultura, depois de ter pago para que se não produzissem os produtos habituais, assim como a subsidiar para mandar abater os barcos de pesca e tivessemos de importar quase tudo no respeitante à cadeia alimentar. Sente-se feliz?

Pois os portugueses não! E sabem ajuizar que também o senhor tem a sua quota parte de culpa em tudo quanto hoje sofre, havendo alguns que ainda depositarão certas esperanças numa vida melhor, o que só conseguirão se se decidir a dissolver a Assembleia da República e a convocar eleições antecipadas.

Nunca fui optimista no que concerne aos políticos, pelo que temo que tudo se mantenha como está, até que surja um movimento conjunto dos militares e do povo que mande de férias prolongadas os políticos que tanto têm atormentado os portugueses.

Queira passar muito mal, senhor presidente da República de Portugal!

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