Entrevista: jovem autora passou da blogosfera
para o papel e é uma das mil poetisas que participa na Antologia «Entre o Sono
e o Sonho»
Sara Farinha é uma das mil autoras que viu um
dos seus poemas publicado na Antologia de Poesia Contemporânea, «Entre o Sono e
o Sonho». A jovem, formada em sociologia do trabalho é uma das escritoras que
depois de escrever na blogosfera viu o seu trabalho passar para o papel. Apesar
de apaixonada pelo género Fantansia e de ter publicado um romance, é a Poesia
que a «ensina a combater a crise». Em entrevista ao tvi24.pt conta-nos como é ser escritora e
poetisa, por estes dias, em Portugal
Qual a importância da poesia nos dias de hoje?
Qual a importância da poesia em qualquer época? Toda, nenhuma, depende de quem a lê, escreve e sente. Para mim, a poesia sempre foi uma forma de colocar a vida em perspectiva. Escrever poesia é tornar belas as situações e evocar os sentimentos que nos impelem a escrever. Escrever Poesia nos dias de hoje, ou em quaisquer outros dias, significa exteriorizar aquilo que a prosa não consegue demonstrar nem conter pelas regras que a caracterizam.
A poesia pode ser um escape do atual estado de pessimismo provocado pela crise?
Toda a literatura, seja em que formato for, é um escape. Como tal, também a poesia serve o propósito de aliviar os problemas diários. Na cada vez mais preocupante conjuntura social em que os portugueses se encontram, a arte serve-nos ao aliviar-nos do peso das circunstâncias. A poesia ensina-nos a combater a crise.
Qual a importância da poesia nos dias de hoje?
Qual a importância da poesia em qualquer época? Toda, nenhuma, depende de quem a lê, escreve e sente. Para mim, a poesia sempre foi uma forma de colocar a vida em perspectiva. Escrever poesia é tornar belas as situações e evocar os sentimentos que nos impelem a escrever. Escrever Poesia nos dias de hoje, ou em quaisquer outros dias, significa exteriorizar aquilo que a prosa não consegue demonstrar nem conter pelas regras que a caracterizam.
A poesia pode ser um escape do atual estado de pessimismo provocado pela crise?
Toda a literatura, seja em que formato for, é um escape. Como tal, também a poesia serve o propósito de aliviar os problemas diários. Na cada vez mais preocupante conjuntura social em que os portugueses se encontram, a arte serve-nos ao aliviar-nos do peso das circunstâncias. A poesia ensina-nos a combater a crise.
Ajuda-nos a suportar todos os tipos de
crises pessoais, profissionais ou sociais. A poesia, assim como a literatura e
as artes em geral, ajuda-nos a compreender e combater os humores mais
depressivos causados pela crise e fá-lo quando cumpre a sua função principal,
ensinar. Ajuda a manter a mente ocupada, atentos ao que nos rodeia, cientes de
que há formas certas e erradas de pensar.
É um escape também para os autores? É assim que nasce?
Sim. É, de certa forma, um escape para quem escreve. Talvez mais, do que para quem lê. Comecei por escrever poemas ainda era muito nova. Ajudavam-me a perspectivar os temas com que me debatia na altura e hoje, vinte anos depois, continuam a fazê-lo. Outros temas, mas uma mesma forma de os analisar, e de crescer com eles. A poesia nasce da vontade de organizar a mente, não de fugir ao que nos rodeia, mas de colocar a vida em perspectiva.
É fácil ser escritor hoje em dia?
É fácil ser-se alguma coisa, em Portugal, hoje em dia? Não. Mas ninguém é escritor por opção. Perseguindo uma carreira, ou evitando-a por completo, um escritor é alguém que não é capaz de viver sem escrever e que mesmo após sofrer milhares de decepções, continua a apontar no papel aquilo que o move. Não é fácil ser-se escritor, como não é fácil ser-se alguma coisa que realmente se ame. Mas, quando o somos, é porque não o podemos evitar.
Portugal já passou o auge da sua poesia?
Nunca. Portugal precisa de aprender a valorizar o que tem enquanto ainda o tem. Tivemos grandes poetas, sim. Continuamos a ter muitos e bons poetas. Inúmeros lutadores que se esforçam por pertencer ao panorama literário.
Qual a importância de uma antologia de poesia contemporânea?
No panorama da poesia portuguesa e no contexto da sociedade actual, é muito importante que se promovam este tipo de iniciativas. Promover a publicação de um leque de autores contemporâneos, sem limites impostos por critérios que não a qualidade da obra apresentada, é um marco na história da poesia.
A Internet, as redes sociais, a blogosfera vieram influenciar a quantidade ou a qualidade da escrita em Portugal?
Sim. Influenciam a quantidade, a qualidade e, sobretudo, a divulgação. Hoje é fácil produzir algo e expor esse trabalho ao público. A blogosfera proporcionou-nos isso. Mas acredito que só os dedicados permanecem por algum tempo, e só os que acrescentam algo de valor se evidenciam. Os que produzem com consistência e qualidade atraem atenções, os restantes são engolidos pelo mundo virtual e desaparecem no ruído.
É um escape também para os autores? É assim que nasce?
Sim. É, de certa forma, um escape para quem escreve. Talvez mais, do que para quem lê. Comecei por escrever poemas ainda era muito nova. Ajudavam-me a perspectivar os temas com que me debatia na altura e hoje, vinte anos depois, continuam a fazê-lo. Outros temas, mas uma mesma forma de os analisar, e de crescer com eles. A poesia nasce da vontade de organizar a mente, não de fugir ao que nos rodeia, mas de colocar a vida em perspectiva.
É fácil ser escritor hoje em dia?
É fácil ser-se alguma coisa, em Portugal, hoje em dia? Não. Mas ninguém é escritor por opção. Perseguindo uma carreira, ou evitando-a por completo, um escritor é alguém que não é capaz de viver sem escrever e que mesmo após sofrer milhares de decepções, continua a apontar no papel aquilo que o move. Não é fácil ser-se escritor, como não é fácil ser-se alguma coisa que realmente se ame. Mas, quando o somos, é porque não o podemos evitar.
Portugal já passou o auge da sua poesia?
Nunca. Portugal precisa de aprender a valorizar o que tem enquanto ainda o tem. Tivemos grandes poetas, sim. Continuamos a ter muitos e bons poetas. Inúmeros lutadores que se esforçam por pertencer ao panorama literário.
Qual a importância de uma antologia de poesia contemporânea?
No panorama da poesia portuguesa e no contexto da sociedade actual, é muito importante que se promovam este tipo de iniciativas. Promover a publicação de um leque de autores contemporâneos, sem limites impostos por critérios que não a qualidade da obra apresentada, é um marco na história da poesia.
A Internet, as redes sociais, a blogosfera vieram influenciar a quantidade ou a qualidade da escrita em Portugal?
Sim. Influenciam a quantidade, a qualidade e, sobretudo, a divulgação. Hoje é fácil produzir algo e expor esse trabalho ao público. A blogosfera proporcionou-nos isso. Mas acredito que só os dedicados permanecem por algum tempo, e só os que acrescentam algo de valor se evidenciam. Os que produzem com consistência e qualidade atraem atenções, os restantes são engolidos pelo mundo virtual e desaparecem no ruído.
=TVI24=
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