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sábado, 23 de março de 2013

"Este governo levou Portugal para o abismo"


António José Seguro garante que "o PS está pronto para governar" e que "ninguém acredita neste Governo". Em entrevista exclusiva à CMTV, ontem no ‘CM Jornal', o secretário-geral do PS afirmou que "este Governo levou o País para o abismo".
 Em resposta a Octávio Ribeiro e José Carlos Castro, numa declaração crítica que inclui os governos de José Sócrates, Seguro reconheceu que não existiu "a disciplina e o rigor orçamental" nos últimos anos, regras que deveriam ter sido conjugadas "com políticas de crescimento e emprego" na União Europeia.

Para o líder socialista, "Portugal sozinho já não consegue sair desta crise", e é necessário aliar "a estratégia de cada país com uma articulação a nível europeu".

É certo que há problemas nacionais – Seguro diz que "não estamos numa trajetória que nos tire da crise e que "a dívida do Estado já ultrapassou os 200 mil milhões" –, mas também, acrescentou, a nível da UE: "A solução da dívida de Portugal só tem sentido no contexto europeu."


"Quem é que pode acreditar nesta política e quem é que pode acreditar neste Governo?" – perguntou o líder do maior partido da oposição.

Sobre se é necessária uma remodelação governamental e qual o ministro que deveria ser substituído, António José Seguro garante que "o problema não é de pessoas, é de políticas".

Repetindo em diversas ocasiões durante a entrevista, que durou cerca de 45 minutos, que "o primeiro-ministro tem um caminho, e eu tenho outro", o líder do PS adiantou ainda que existe neste momento uma "rutura" do maior partido da oposição com o Governo de Pedro Passos Coelho.

"Ambiciono uma maioria absoluta", garantiu António José Seguro, acrescentando que não dá conselhos ao Presidente da República sobre a demissão do Governo: "Essa deve ser uma ponderação do Presidente da República." Questionado sobre a relação que mantém com Cavaco Silva, o líder socialista disse ser "impecável do ponto de vista institucional".

Insistiu ainda que já apresentou alternativas às políticas do Governo e concluiu: "Eu tenho um caminho diferente."


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