António José
Seguro garante que "o PS está pronto para governar" e que
"ninguém acredita neste Governo". Em entrevista exclusiva à CMTV,
ontem no ‘CM Jornal', o secretário-geral do PS afirmou que "este Governo
levou o País para o abismo".
Em resposta a
Octávio Ribeiro e José Carlos Castro, numa declaração crítica que inclui os
governos de José Sócrates, Seguro reconheceu que não existiu "a disciplina
e o rigor orçamental" nos últimos anos, regras que deveriam ter sido
conjugadas "com políticas de crescimento e emprego" na União
Europeia.
Para o líder socialista,
"Portugal sozinho já não consegue sair desta crise", e é necessário
aliar "a estratégia de cada país com uma articulação a nível
europeu".
É certo que há problemas nacionais
– Seguro diz que "não estamos numa trajetória que nos tire da crise e que
"a dívida do Estado já ultrapassou os 200 mil milhões" –, mas também,
acrescentou, a nível da UE: "A solução da dívida de Portugal só tem
sentido no contexto europeu."
"Quem é que pode acreditar
nesta política e quem é que pode acreditar neste Governo?" – perguntou o
líder do maior partido da oposição.
Sobre se é necessária uma
remodelação governamental e qual o ministro que deveria ser substituído,
António José Seguro garante que "o problema não é de pessoas, é de
políticas".
Repetindo em diversas ocasiões
durante a entrevista, que durou cerca de 45 minutos, que "o
primeiro-ministro tem um caminho, e eu tenho outro", o líder do PS
adiantou ainda que existe neste momento uma "rutura" do maior partido
da oposição com o Governo de Pedro Passos Coelho.
"Ambiciono uma maioria
absoluta", garantiu António José Seguro, acrescentando que não dá
conselhos ao Presidente da República sobre a demissão do Governo: "Essa
deve ser uma ponderação do Presidente da República." Questionado sobre a
relação que mantém com Cavaco Silva, o líder socialista disse ser
"impecável do ponto de vista institucional".
Insistiu ainda que já apresentou
alternativas às políticas do Governo e concluiu: "Eu tenho um caminho
diferente."
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