Eis uma cena de que temos sido testemunhas e que a
maioria dos cidadãos deve suportar diariamente.
Eramos à volta de dez milhões e meio de habitantes, mas
que se viu diminuir inexoravemente, com a emigração quase obrigatória a que
cerca de meio milhão de cidadãos se viu na obrigação de praticar, graças às
péssimas políticas sociais levadas a cabo pelo actual governo.
O país vivia e, os mais velhos, já aposentados, faziam
uma vida mais ou menos regular, com a sua baixa reforma e algumas ajudas de
filhos.
Subitamente, os filhos ficaram no desemprego, e os mais
velhos viram-se no dever de os ajudar, ficando sem nada para viver. Fruto
dessas péssimas políticas sociais e laborais, conduzidas por gente sem
entranhas e sem capacidades intelectuuais e morais para uma governação
equitativa e coerente do paáis.
Assunto anódimo, dir-se-á. Mas nada é anódino para quem
vê na contradição e na incompetência um revés à sua personalidade.
“Afirmo que…” “E você não vê que…”
Dos argumentos,. Passa-se ao insulto. Os mais velhos –
coisa curiosa . estavam manifestamente errados. O seu dinheiro é que era pouco!
Os políticos tinham razão, pois em seu entender, quen nunca teve muito,
habituou-se a viver com pouco, e o muito pouco basta-lhes para a sua vida.
Daí, e nas bocas ou mentes de muitos, surge a palavra “Imbecis”,
que desencadeia a desordem social.
Como as ofensas ameaçassem a paz no país, o Pedro, crendo-se um grande diplomata, decidiu com autoridade que era necessário arrefecer os “motores”, “ânimos” e que os aspecto exterior, do que se vive em praticamente todos os lares nacionais, provava suficientemente que… A seguir impôs silêncio aos seus ministros, mas também aos cidadãos.
Como as ofensas ameaçassem a paz no país, o Pedro, crendo-se um grande diplomata, decidiu com autoridade que era necessário arrefecer os “motores”, “ânimos” e que os aspecto exterior, do que se vive em praticamente todos os lares nacionais, provava suficientemente que… A seguir impôs silêncio aos seus ministros, mas também aos cidadãos.
Se com os seus ministros teve sucesso, já com o povo foi
o desastre, pois esse soube ver que aquele sem vergonha na cara de modo algum
merecia o deferimento da sua vontade.
Então, o que se previa, desabou como um raio: os
políticos, imediatamente concordes, tentaram fazer frente única aos
portugueses. Insinuaram que eles não entendiam nada do assunto, que o seu
conhecimento estava longe de ser capaz de perceber, que o povo não sabia
distinguir as realidades político-sociais e que ignorava tudo a respeito do
horizonte artificial que é o único que os portugueses conseguem vislumbrar.
Furioso, Pedro recolheu a casa e ali se deixou ficar,
pois o dia de hoje é de descanço, como será o de amanhã, e ele precisava de paz
e sossego para poder meditar em quais as novas medidas de austeridade a aplicar
ao ingrato – em seu entender – povo nobre e português.
O absurdo engendra a insolência. Como disse alguém, o mal
decorre de que nunca se é da mesma geração e que, há certas formas de
pensamento que outras pessoas jamais compreenderão, mas também não aceitarão
nem se vergarão aos seus, dele Pedro, mais íntimos desejos, que é ver os
portugueses todos desempregados, amordaçados e humilhados à sua única vontade.
A prova está hoje nas ruas de Portugal!
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