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sábado, 2 de março de 2013

«DO ABSURDO À INSOLÊNCIA»

















Eis uma cena de que temos sido testemunhas e que a maioria dos cidadãos deve suportar diariamente.

Eramos à volta de dez milhões e meio de habitantes, mas que se viu diminuir inexoravemente, com a emigração quase obrigatória a que cerca de meio milhão de cidadãos se viu na obrigação de praticar, graças às péssimas políticas sociais levadas a cabo pelo actual governo.

O país vivia e, os mais velhos, já aposentados, faziam uma vida mais ou menos regular, com a sua baixa reforma e algumas ajudas de filhos.

Subitamente, os filhos ficaram no desemprego, e os mais velhos viram-se no dever de os ajudar, ficando sem nada para viver. Fruto dessas péssimas políticas sociais e laborais, conduzidas por gente sem entranhas e sem capacidades intelectuuais e morais para uma governação equitativa e coerente do paáis.

Assunto anódimo, dir-se-á. Mas nada é anódino para quem vê na contradição e na incompetência um revés à sua personalidade.

“Afirmo que…” “E você não vê que…”

Dos argumentos,. Passa-se ao insulto. Os mais velhos – coisa curiosa . estavam manifestamente errados. O seu dinheiro é que era pouco! Os políticos tinham razão, pois em seu entender, quen nunca teve muito, habituou-se a viver com pouco, e o muito pouco basta-lhes para a sua vida.

Daí, e nas bocas ou mentes de muitos, surge a palavra “Imbecis”, que desencadeia a desordem social.

Como as ofensas ameaçassem a paz no país, o Pedro, crendo-se um grande diplomata, decidiu com autoridade que era necessário arrefecer os “motores”, “ânimos” e que os aspecto exterior, do que se vive em praticamente todos os lares nacionais, provava suficientemente que… A seguir impôs silêncio aos seus ministros, mas também aos cidadãos.

Se com os seus ministros teve sucesso, já com o povo foi o desastre, pois esse soube ver que aquele sem vergonha na cara de modo algum merecia o deferimento da sua vontade.

Então, o que se previa, desabou como um raio: os políticos, imediatamente concordes, tentaram fazer frente única aos portugueses. Insinuaram que eles não entendiam nada do assunto, que o seu conhecimento estava longe de ser capaz de perceber, que o povo não sabia distinguir as realidades político-sociais e que ignorava tudo a respeito do horizonte artificial que é o único que os portugueses conseguem vislumbrar.

Furioso, Pedro recolheu a casa e ali se deixou ficar, pois o dia de hoje é de descanço, como será o de amanhã, e ele precisava de paz e sossego para poder meditar em quais as novas medidas de austeridade a aplicar ao ingrato – em seu entender – povo nobre e português.

O absurdo engendra a insolência. Como disse alguém, o mal decorre de que nunca se é da mesma geração e que, há certas formas de pensamento que outras pessoas jamais compreenderão, mas também não aceitarão nem se vergarão aos seus, dele Pedro, mais íntimos desejos, que é ver os portugueses todos desempregados, amordaçados e humilhados à sua única vontade.

A prova está hoje nas ruas de Portugal! 

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