Ministério
das Finanças quer saber quantos suplementos existem na função pública para
depois decidir onde vai cortar.
Fonte oficial das Finanças adiantou que está a ser preparado um
diploma legal que permita saber quantos suplementos existem, mas não adiantou
qual o calendário para este processo. Só depois será decidido o que acontecerá
com estas componentes remuneratórias - que têm um peso significativo em
carreiras como os diplomatas, os médicos ou os bombeiros. No caso dos
diplomatas, tendo por base as remunerações de Outubro do ano passado, os suplementos
elevam o ganho médio mensal para os 7986 euros, face a um salário base de 2297
euros.
A
prioridade em 2013, adiantou a mesma fonte, é rever os suplementos. Nesta
segunda-feira, durante uma conferência sobre a reforma do Estado, o
primeiro-ministro Pedro Passos Coelho anunciou que o "levantamento
exaustivo de todos os suplementos” recebidos pelos funcionários públicos iria
“resultar numa simplificação". Mas mais do que isso, a intenção é
reduzi-los ou simplesmente eliminá-los.
Já
durante a quinta avaliação do memorando de entendimento, a troika tinha sinalizado que era
preciso reduzir o peso dos suplementos no total das remunerações. O assunto
voltou a estar em cima da mesa na sétima avaliação, que ficou concluída na
semana passada.
A
Lei dos Vínculos, publicada em 2008, já previa que os suplementos fossem
eliminados, reduzidos ou, quando isso se justificasse, incluídos nos salários.
Esse processo devia ocorrer em simultâneo com a revisão das carreiras, o
problema é que nem todas foram revistas. Além disso, há suplementos que não
constam do estatuto da carreira e que estão previstos em regulamentos internos
dos serviços, não havendo qualquer controlo sobre o seu pagamento.
Para
evitar novas derrapagens, o ministro das Finanças vai tornar obrigatória a prestação
da informação por parte dos serviços, prevendo eventuais funções para os
incumpridores.
Horários e férias
em discussão
Outra das prioridades para 2013 é a convergência dos regimes de protecção social dos funcionários públicos com as regras do regime geral da Segurança Social e a “simplificação da legislação” laboral da Administração Pública, como adiantou Passos Coelho na manhã desta segunda-feira.
Outra das prioridades para 2013 é a convergência dos regimes de protecção social dos funcionários públicos com as regras do regime geral da Segurança Social e a “simplificação da legislação” laboral da Administração Pública, como adiantou Passos Coelho na manhã desta segunda-feira.
“Estamos
a trabalhar numa Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, em parceria com o
Instituto de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito de Lisboa, com o
objectivo de proceder à simplificação e à integração de todos os diplomas que
regem a Administração Pública em matéria laboral numa única lei, alinhando,
quando tal se justifica, o regime laboral público com o regime laboral
privado", disse Passos Coelho.
Em causa poderão estar mudanças no horário de trabalho (que agora é de 35 horas semanais no público e 40 no privado) e as férias (podem exceder os 30 dias no público e no privado são 22 dias por lei).
Estes temas, assim como o anunciado programa de rescisões amigáveis no Estado, prometem animar as negociações que começam nesta quarta-feira entre o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, e os sindicatos.
Em causa poderão estar mudanças no horário de trabalho (que agora é de 35 horas semanais no público e 40 no privado) e as férias (podem exceder os 30 dias no público e no privado são 22 dias por lei).
Estes temas, assim como o anunciado programa de rescisões amigáveis no Estado, prometem animar as negociações que começam nesta quarta-feira entre o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, e os sindicatos.
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=Público=
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