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terça-feira, 19 de março de 2013

Belmiro de Azevedo compara manifestações a “Carnaval permanente”


Empresário defende que sem mão-de-obra barata "não há emprego para ninguém".

O fundador do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, compara as sucessivas manifestações contra o Governo a um “Carnaval mais ou menos permanente”.

Esta segunda-feira, durante o debate que assinalou o 7º aniversário do Clube dos Pensadores, em Gaia, o empresário defendeu que enquanto o povo contesta nas ruas, o país pode dormir descansado, pior seria se as pessoas não se indignassem.

“Nós temos sido engenhosos para fazer essas manifestações, que é quase um Carnaval mais ou menos permanente, não tem havido grandes desastres e esperemos que assim continue a ser. Enquanto o povo se manifesta, a gente pode dormir mais descansada. O pior é quando não se manifesta”, declarou.

Sobre as dificuldades de financiamento do Estado português, Belmiro de Azevedo diz que é prioritário viabilizar a captação de fundos, para que não se concretize um cenário de bancarrota.

“Não é desejável que o Estado português possa abrir falência, senão ficávamos sem Estado. Portanto, terá uma certa prioridade e tem tido, não pode é abusar dessa prioridade na captação de fundos”, afirma o fundador do grupo Sonae.

"Sem mão-de-obra barata não há emprego"
Belmiro de Azevedo defende que sem mão-de-obra barata "não há emprego para ninguém" e afirmou não perceber quando dizem que não se deve ter uma economia baseada em trabalho de custo reduzido.  
  
"A economia só pode pagar salários que tenham uma certa ligação com a produtividade", argumenta, dando como exemplo o sector agrícola.  
  
"Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão-de-obra barata. Não sei por que não. Porque se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém", declarou Belmiro de Azevedo, assinalando aquilo que considera ser uma "vantagem comparativa" para Portugal face aos países concorrentes.

“Se quisermos concorrer com potências que têm muito maior produtividade, é impossível pagar os salários de alta produtividade a trabalhadores com baixa produtividade”, conclui.

SAIBA MAIS


=Renascença=


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