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quinta-feira, 14 de março de 2013

«A ‘VERDADEIRA’ HISTÓRIA DO CAPUCHINHO VERMELHO»



































Num país designado periférico da Europa, existia uma bela rapariga, que vivia numa aldeia que tinha próxima uma bela floresta de pinheiros e eucaliptos, e também carvalhos e outras árvores.

Por acaso ainda não tinham ardido nos muitos incêndios que todos os verões atacavam as florestas e matas desse país.

A bela moçoila vivia enamorada de um rapaz da mesma aldeia, mas em silêncio, devido ao seu pudor e à sua timidez, e também porque deveria ser ele a declarar-se e não ela. As raparigas adoram ser conquistadas, e aquela não era excepção.

Ora, do outro lado da floresta, numa casa já muito antiga, vivia sozinha a sua avó, que tinha preferido viver sozinha que com um genro que não gostava dela e dizia à boca-cheia que as sogras devem ir morrer longe.

Mas, sua filha, mãe daquela a quem todos chamavam “Capuchinho Vermelho”, uma vez que quer de Verão quer de Inverno, usava uma espécie de túnica com um capuz vermelho, como a túnica, e que todas as tardes, após ter concluído as tarefas que lhe estavam destinadas quer pelo pai quer pela mãe, e sem que o pai soubesse, se deslocava a casa de sua avó, levando-lhe algo de comer e de beber, porque isso de comer sem beber  não se usava naquela aldeia.

Uma bela manhã de sol, quando regressava do campo, viu que o tal rapaz de quem se sentia enamorada, ensaiava uma pele de lobo, que reservava para o Carnaval do próximo ano. É evidente que ele não sabia que estava a ser observado pela bela moça da aldeia, cujos pais eram aquilo que se diz bem remediados.

Chamava-se Pedro e dela poucos sabiam o nome, podendo afirmar-se que só om padre, a professora e os pais, e umas amigas de escola, que tinham jurado não o pronunciar diante de terceiros.

Portanto, todos a tratavam por “Capuchinho Vermelho”, e conforme o tempo passava a tornavam cada vez mais apetitosa, e tinha plena consciência dos apetites que despertava nos rapazes e homens da aldeia.

E foi numa ida a casa da avó que, subitamente, viu surgir-lhe pela frente, quando descansava da caminhada, até porque estava calor nessa tarde, um lobo com a pele igual àquela que tinha visto ser ensaiada pelo Pedro.

Simulando não o ter visto, começou a “descascar-se”, para poder receber no seu corpo de fina pele, o ar fresco que as árvores davam.

Ora, vendo aquele maravilhoso espectáculo, que mostrava as suas partes mais íntimas, o lobo ficou sem saber que fazer, de tal modo desarmado para semelhante eventualidade.

Mas, o melhor será ver a imagem que consegui da cena na floresta desse país periférico da Europa, que possui o melhor povo do mundo e muito belas moçoilas, com tudo o que lhes faz falta, mas também a todos os homens de boa vontade.

Penso que nessa tarde, se chegou a ir a casa da avó, terá chegado muito mais tarde que o costume.

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