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segunda-feira, 29 de julho de 2013

«SILÊNCIO, CIDADANIA LUSITANA»

Será que não vê-des que, com todo o vosso barulho perturbais o “merececido” repouso dos vossos “senhores?”.

Afinal – a vamos lá saber umas coisas – de que vos queixais? Será que, como eles dizem, não tendes aquilo que mereceis?

Não fosteis vós quem neles votou, felizes e contentes, porque finalmente iéis mudar radicalmente a politica nacional?

Recordais-vos de terdes eleito o senhor Silva e mais tarde o senhor Pedro e seus acólitos? Porque o fizesteis? Para logo a seguir derramardes lágrimas de sangue perante o horror do desemprego e dos cortes nos salários e reformas?

Como pudesteis vós imaginar que a vida seria diferente – para melhor – com esses “senhores” no poder? Vá, pensai um pouco e, sobretudo, pensai em todas as mentiras que vos propuseram e que aceitasteis como verdades.

Agora, que por experiências amargas, duras e hipócritas comeis o pão que o Diabo amassou, desatais a lamentar-vos em vez de dardes luta; porque desanimais tão facilmente?

Aqueles que ainda se recordam de tempos passados, recordar-se-ão, com certeza, daqueles que, colocando em risco a sua vida davam o corpo ao manifesto em lutas verdadeiramente titânicas contra os “senhores” que tão bem impunham a ditadura e mandavam abrir as portas das prisões par lá meterem mais alguns detractores daquele miserável regime.

Mas, porque razão, na altura das eleições não se recordaram de todas as arbitrariedades cometidas por essa gente? Será que ainda tendes dúvidas sobre a sua ascendência?

Já não vos recordais, cidadãos portugueses de pleno direito dos famigerados anos de ditadura salazarista/marcelista, da Pide, da Legião, da Mocidade Portuguesa, do Movimento Nacional Feminino e de tantas outras instituições que tendem a renascer?

Não ouvis o próprio senhor Pedro falar, passados apenas 39 anos da Revolução de Abril em União Nacional?, que era o nome do então partido único de Salazar?

Num recente discurso proferido, o senhor Pedro repetiu várias vezes essas duas plavras “União Nacional”, sem pretender referir-se a uma unidade nacional; talvez que imaginando poder conseguir que os dois partidos da coligação possam transformar-se num só e único.

Não visteis, prezados compatriotas como cedeu em todas as exigências feitas pelo senhor Paulo para fazer uma remodelação governamental, despedindo aqueles que pensou serem apenas estorvos para as suas pretensões?

Não vêdes como vão aumentando, significativamente, no governo, os que sempre estiveram ligados ao caso BPN, que nos obrigaram a pagar com língua de palmo, depois de enriquecerem à custa de todos nós?

Reparai como todos os ligados a esse caso eram homens de mão do líder do governo de então e que hoje é o presidente da República? Eleito por vós?

E, se hoje não sabeis que fazer, se vos considerais amarfanhados, pelo menos tê-de o bom senso de vos calar, pois a culpa de tudo quanto se passa é apenas vossa, que lhe desteis o voto.


Lamento falar deste modo, mas sois, efectivamente, os únicos culpados de tudo o que de mal, e de mau, regressou às vossas e nossas vidas, como imagens fantasmagóricas de um passado tenebroso.

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