A democracia foi introduzida na polis, ou
cidade-estado, de Atenas no século V a. C. Em Atenas, o povo participava nas
grandes decisões que eram tomadas em reuniões da assembleia. Nas democracias
actuais, o povo elege representantes que tomarão as decisões por ele.
Até ao final do século XVIII, pensava-se que
a democracia só funcionava numa cidade-estado de pequenas dimensões. No mundo
moderno, a representação fica assegurada através dos partidos políticos.
Em França, a eclosão da revolução de 1789 deu
azo a uma teoria política sobre a democracia, corporizada pela Declaração Dos
Direitos do Homem e do Cidadão, que foi publicada a 26 de Agosto de 1789. Este
documento declarava que a legitimidade do poder político derivava não de Deus
ou dos reis, mas do povo.
Hoje em dia a democracia tornou-se a única
base sólida e legítima para a autoridade política. Mesmo as ditaduras, tais
como os regimes comunistas que governaram a Europa Central e de Leste até 1989,
eram designados por democracias populares, assim como o regime fascista
salazarista era designado por “democracia portuguesa”.
Actualmente, podemos firmar que Portugal vive
uma espécie de democracia um tanto apodrecida pela corrupção, pelos interesses
capitalistas – bancos, grandes empresas e “senhores” vindos do nada
enriquecidos à custa do sangue, suor e lágrimas do povo – onde uns vivem muito
bem e os restantes muito mal.
É verdade que não somos uma cidade-estado,
mas ao contrário, somos um estado dominado pelas decisões tomadas numa cidade
por meia dúzia de indivíduos que, se afirmam legitimados pelo voto dos
portugueses, após uma campanha recheada de mentiras bem urdidas.
Nos dias que correm, e ao que se pode ver
pelo Mundo, nenhuma democracia está isenta de problemas enquanto forma de
governo, funcionando melhor em sociedade homogéneas em que não existem profundas
divisões étnicas, religiosas, linguísticas e sociais.
Porque, em sociedades divididas, a
estabilidade é alcançada através de formas de partilha de poder, pelo poder e para
o poder a todo o custo, usando de todos os expedientes para o conseguirem.
Após a tomada do poder, democraticamente
impõe sempre mais impostos ao povo trabalhador, às suas miseráveis pensões de
reforma, chegando ao ponto de exigirem facturas sobre todos os produtos
vendidos, ou comprados em feiras e mercados, ou mesmo em barbeiros ou outros
congéneres.
Contudo, não satisfeitos, diminuem ao IRC
que, pela voz do proponente de um estudo aceite mesmo sem qualquer discussão na
Casa da Democracia, será recompensado pelo IRS dos miseráveis cidadãos que
trabalham seis meses por ano só para poderem pagar os seus impostos a um Estado
parasita e ladrão, isto, por interpostas pessoas, aqueles que compõem o
governo.
Também pode acontecer que a democracia possa
permitir que o povo eleja para o governo um partido que imponha a ditadura,
como aconteceu na Alemanha e como está a acontecer um pouco por toda a Europa
de hoje que, segundo afirmam esses e essas “democratas”, será um dia um
paraíso, mas que o governo português pretende ser o pioneiro, transformando
Portugal num “paraíso fiscal” só para estrangeiros de boa vontade, que
pretendam investir na Grande Parvónia.
Portanto, como já o dizia Salazar e seus
acólitos, vivemos numa Democracia e sem qualquer margem para dúvidas, embora
falte ainda implementar algumas instituições, como a Pide ou a Legião dos
tempos modernos.
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