Em Etologia, faculdade ou impulso para coagir
comportamentos alheios ou próprios, nível
psicológico ou físico, com propensão para
violência, e que se manifesta sob a forma de agressão.
O princípio do inatismo animal
Lorenz e outros etólogos, muito ligado ao
modelo psicanalítico, sugere que a agressividade é algo hereditário, transmitido
geneticamente, não aprendido, que se desencadeia por estímulos ambientais
exteriores: isto é, combina factores exógenos e endógenos. Os principais
factores que desencadeiam, nos animais, este tipo de comportamento agressivo
são a territoralidade e a superpovoação. Mas, na maioria das espécies animais,
é raro que o conflito conduza à eliminação física do vencido, dado que existem
condutas de submissão que inibem a agressividade do vencedor. A teoria é
apresentada como aplicável à agressividade humana. As duas críticas principais
que se fazem a esta teoria são que não se encontrou nenhum gene que determine a
agressividade e que nem sempre é possível extrapolar comportamentos dos animais
para o ser humano.
Os psicólogos e psiquiatras behaviouristas
consideram apenas aquelas condutas que podem ser observadas objectivamente no
comportamento de um passo relativamente à sua história ambiental prévia.
Definem a agressividade como “infligir um
estímulo nocivo a outras pessoas”. Propõem que se trata de resposta adquirida
como qualquer outro hábito de conduta.
Não procuram fundamentos neuronais ou
bioquímicos, nem antecedentes emotivos ou tensões psíquicas. Baseiam as suas
hipóteses em dois princípios básicos: a modelação ou mecanismos de imitação
social, isto é, o procedimento pelo qual se interioriza uma resposta
socialmente condicionada; e o princípio do reforço, ou seja, a utilização do
prémio-castigo para adquirir respostas novas.
No entanto, demonstrou-se recentemente que o
castigo de uma conduta agressiva pode reforçá-la, em vez de a inibir.
Os neurologistas, pelo contrário, não tentam
explicar se é uma conduta herdada ou adquirida, procuram penas as bases
celulares do procedimento violento.
Estas situam-se a nível do diencéfalo,
concretamente no hipotálamo lateral, centro de controlo da vida neurovegetativa
e emocional, e de estruturas límbicas como a amígdala cerebral direita e o
hipocampo.
Verificou-se experimentalmente que
estimulando electricamente estas zonas, os animais emitem respostas que podem
ser consideradas, no seu conjunto, gestos ameaçadores e de raiva, embora também
se tenha observado que estes gestos são inibidos na presença de machos
dominantes.
Uma última teoria tenta unir todas as
anteriores. Dela resulta que as condutas agressivas do homem podem ser
prendidas por um lado, por via endógena e por outro activadas por estímulos
ambientais.
Nõ posso terminar sem fazer um referência aos
comportamentos violentos grupais, muito estudados por equipas da universidade
de Lovina.
Par esta escola de psicologia social,
produz-se um efeito de despersonalização, tanto maior quanto mis densa for a
multidão, que favorece o aparecimento de condutas agressivas por parte da
massa social, que são amplificadas quando se partilham as mesmas atitudes, gritos
e emoções, e que além disso se reforçam pela antecipação da violência.
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