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segunda-feira, 22 de julho de 2013

«UMA VEZ MAIS, GOVERNO A PRAZO !»

INCOMPETÊNCIA

Parece que se anda a brincar com o povo português ! Ou andará mesmo e nada disto é brincadeira ? Efectivamente, custa a crer que se trate da realidade.

Enquanto o presidente da República e restantes políticos preferem olhar para o lado e assobiar para o ar, não querendo ver o que realmente se passa no país, que caminha de olhos vendados para um novo precipício – a ditadura – como se não bastasse já a miséria e a fome, o povo, o povo real, de carne e osso, vegeta no desemprego, extasiado com determinados comportamentos de quem deveria dar o exemplo de como se deve procurar a  «unidade nacional», mas também da sua independência, dando ao povo o que ao povo pertence, e só ao povo !

Não ! Os portugueses são encostados à parede e aí, encostam-lhe uma espada ao pescoço, pressionando até perfurar e causar danos irreparáveis na sua saúde e bem-estar.

Interessam apenas os mercados, que nos têm batido com as portas, interessam apenas os capitalistas, que têm guardado o seu dinheiro em paraísos fiscais, mudado as suas sedes para o estrangeiro para não pagarem impostos em Portugal, obrigando os cidadãos a sacrifícios impensáveis e a vegetarem no desemprego.

Eles não querem ver o que se passa pelo país ; preferem manter-se sentados confortavelmente em vez de governarem para o povo, roubando-o continuadamente.

Vive-se uma situação degradante em Portugal, onde aquele que mais ordena se manifesta pelas ruas das cidades e em que eles preferem manter a cegueira e a surdez, simulando não ouvir os clamores daqueles que sempre lutaram contra o regime totalitário, fascista até, sentindo-se seguros com as forças policiais à sua disposição para carregarem sobre aqueles que traÍram após receberem o seu voto.

Tenho dito várias vezes que não devem esticar demasiado a corda, que acabará por quebrar, não se sabendo o que poderá vir depois.

Ah ! Depois, hipocritamente, surgirá uma moção de confiança, apresentada pelo actual governo na Assembleia da República como que uma golfada de ar que dará aos afogados mais um fôlego, mas que de modo algum o salvará do afogamento total.

O presidente não pode estar a dar, continuadamente injecções aos que já vivem ligados a uma máquina, se já nem existe lugar para picar nos corpos agastados de um simulacro de governo, só legitimado por um presidente da República cansado e por alguns capazes de comprar tudo, inclusive vontades que já não existem.

Dizia a canção : « Hás-de cair rei milhão », pela voz de José Afonso, como aquela de Sérgio Godinho, « A paz, o pão, a saúde e a educação », que negam aos cidadãos em nome da troika e dos mercados, que colocam acima de tudo, já que os queridos capitalistas têm de encher ainda mais os bolsos.


Deverão recordar-se que os governos passam, mas que o povo fica !

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