INCOMPETÊNCIA
Parece que
se anda a brincar com o povo português ! Ou andará mesmo e nada disto é
brincadeira ? Efectivamente, custa a crer que se trate da realidade.
Enquanto o
presidente da República e restantes políticos preferem olhar para o lado e
assobiar para o ar, não querendo ver o que realmente se passa no país, que
caminha de olhos vendados para um novo precipício – a ditadura – como se não
bastasse já a miséria e a fome, o povo, o povo real, de carne e osso, vegeta no
desemprego, extasiado com determinados comportamentos de quem deveria dar o
exemplo de como se deve procurar a «unidade nacional», mas também da sua
independência, dando ao povo o que ao povo pertence, e só ao povo !
Não !
Os portugueses são encostados à parede e aí, encostam-lhe uma espada ao
pescoço, pressionando até perfurar e causar danos irreparáveis na sua saúde e
bem-estar.
Interessam
apenas os mercados, que nos têm batido com as portas, interessam apenas os
capitalistas, que têm guardado o seu dinheiro em paraísos fiscais, mudado as
suas sedes para o estrangeiro para não pagarem impostos em Portugal, obrigando
os cidadãos a sacrifícios impensáveis e a vegetarem no desemprego.
Eles não
querem ver o que se passa pelo país ; preferem manter-se sentados
confortavelmente em vez de governarem para o povo, roubando-o continuadamente.
Vive-se uma situação
degradante em Portugal, onde aquele que mais ordena se manifesta pelas ruas das
cidades e em que eles preferem manter a cegueira e a surdez, simulando não
ouvir os clamores daqueles que sempre lutaram contra o regime totalitário,
fascista até, sentindo-se seguros com as forças policiais à sua disposição para
carregarem sobre aqueles que traÍram após receberem o seu voto.
Tenho dito
várias vezes que não devem esticar demasiado a corda, que acabará por quebrar,
não se sabendo o que poderá vir depois.
Ah !
Depois, hipocritamente, surgirá uma moção de confiança, apresentada pelo actual
governo na Assembleia da República como que uma golfada de ar que dará aos
afogados mais um fôlego, mas que de modo algum o salvará do afogamento total.
O presidente
não pode estar a dar, continuadamente injecções aos que já vivem ligados a uma
máquina, se já nem existe lugar para picar nos corpos agastados de um simulacro
de governo, só legitimado por um presidente da República cansado e por alguns
capazes de comprar tudo, inclusive vontades que já não existem.
Dizia a
canção : « Hás-de cair rei milhão », pela voz de José Afonso,
como aquela de Sérgio Godinho, « A paz, o pão, a saúde e a educação »,
que negam aos cidadãos em nome da troika e dos mercados, que colocam acima de
tudo, já que os queridos capitalistas têm de encher ainda mais os bolsos.
Deverão
recordar-se que os governos passam, mas que o povo fica !
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