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domingo, 21 de julho de 2013

«CHARADAS DO INCONSCIENTE»

Já se definiu o pesadelo como “crise de ansiedade em sonhos”. A maioria dos pesadelos ocorre para o meio ou fim da noite de sono e muitos permanecem-nos na memória, embora talvez preferíssemos esquecer as sensações de terror, de medo, de opressão e de desamparo que os acompanham.

Poucos acontecimentos da vida real possuem a intensidade emocional de um grande pesadelo, do qual acordamos em pânico, ofegantes e com o coração a bater desordenadamente.

Os pesadelos podem estar ligados ao stress. As experiências traumáticas, como os acidentes de viação ou vivências diárias, deixam frequentemente um rasto confuso de emoção que irrompe mais tarde em pesadelos.

Estes, são frequentes quando sofremos doenças físicas graves ou incapacitantes, mas não é claro se a responsabilidade cabe á doença em si ou ao stress emocional que a acompanha.

O abuso de drogas e do álcool pode causar pesadelos, o mesmo acontecendo com alguns medicamentos.

Se acharmos que o remédio nos está a provocar sonhos maus, devemos comunicá-lo imediatamente ao médico para que a receita possa ser alterada ou ajustada.

Os especialistas distinguem entre pesadelos e terrores nocturnos, termo este que designa experiências nocturnas aterrorizantes que afectam sobretudo as crianças durante o sono profundo e das quais se acorda com uma sensação de pânico e grande desorientação; é característico o despertar aos gritos, as crianças despertam a chorar.

 Principal diferença entre os pesadelos e os terrores nocturnos é que os pesadelos ocorrem durante os períodos de sono REM e lembramo-nos do seu conteúdo; os terrores nocturnos ocorrem durante durante as fases 3 ou 4 do sono profundo e nunca recordamos o seu conteúdo ou aquilo que nos fez despertar o pânico.

Na mitologia popular, o sonho tem tradicionalmente um carácter profético: a avó sonhou que um raio caíra sobre o grande carvalho,  e caiu; ao ouvirem histórias destas, os cépticos contrapõem que para cada sonho que se confirma na realidade muitos outros se revelam falsos.

Este cepticismo nem sempre foi partilhado pelos grandes pensadores, entre eles o influente psicólogo Carl Jung, que acreditava firmemente que os sonhos, por vezes, poderiam predizer acontecimentos futuros.

Muito sábio é o povo português que, sonhando ou não, pode adivinhar o futuro pelos sinais que lhe chegam da capital!


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