Já se definiu o
pesadelo como “crise de ansiedade em sonhos”. A maioria dos pesadelos ocorre
para o meio ou fim da noite de sono e muitos permanecem-nos na memória, embora
talvez preferíssemos esquecer as sensações de terror, de medo, de opressão e de
desamparo que os acompanham.
Poucos
acontecimentos da vida real possuem a intensidade emocional de um grande
pesadelo, do qual acordamos em pânico, ofegantes e com o coração a bater
desordenadamente.
Os pesadelos podem
estar ligados ao stress. As experiências traumáticas, como os acidentes de
viação ou vivências diárias, deixam frequentemente um rasto confuso de emoção
que irrompe mais tarde em pesadelos.
Estes, são
frequentes quando sofremos doenças físicas graves ou incapacitantes, mas não é
claro se a responsabilidade cabe á doença em si ou ao stress emocional que a
acompanha.
O abuso de drogas e
do álcool pode causar pesadelos, o mesmo acontecendo com alguns medicamentos.
Se acharmos que o
remédio nos está a provocar sonhos maus, devemos comunicá-lo imediatamente ao
médico para que a receita possa ser alterada ou ajustada.
Os especialistas
distinguem entre pesadelos e terrores nocturnos, termo este que designa
experiências nocturnas aterrorizantes que afectam sobretudo as crianças durante
o sono profundo e das quais se acorda com uma sensação de pânico e grande
desorientação; é característico o despertar aos gritos, as crianças despertam a
chorar.
Principal diferença entre os pesadelos e os
terrores nocturnos é que os pesadelos ocorrem durante os períodos de sono REM e
lembramo-nos do seu conteúdo; os terrores nocturnos ocorrem durante durante as
fases 3 ou 4 do sono profundo e nunca recordamos o seu conteúdo ou aquilo que
nos fez despertar o pânico.
Na mitologia
popular, o sonho tem tradicionalmente um carácter profético: a avó sonhou que
um raio caíra sobre o grande carvalho, e
caiu; ao ouvirem histórias destas, os cépticos contrapõem que para cada sonho
que se confirma na realidade muitos outros se revelam falsos.
Este cepticismo nem
sempre foi partilhado pelos grandes pensadores, entre eles o influente
psicólogo Carl Jung, que acreditava firmemente que os sonhos, por vezes,
poderiam predizer acontecimentos futuros.
Muito sábio é o povo
português que, sonhando ou não, pode adivinhar o futuro pelos sinais que lhe
chegam da capital!
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