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quinta-feira, 18 de julho de 2013

«FALSAS PROMESSAS – RISCOS MORTAIS»

No desporto-espectáculo, os vencedores, as suas equipas e países ganham cada vez mais impacto económico e político; a máquina que suporta a grande competição tornou-se tão complexa que todos os factores de potenciação das capacidades físicas e psicológicas dos atletas são exploradas ao máximo.

Um artefacto cada vez mais explorado foi uma classe de compostos químicos denominados esteróides anabolizantes, semelhantes a outros produzidos naturalmente pelo organismo e que desempenham papel importante no crescimento e no metabolismo.

Ingerindo doses extra de certos esteróides, os atletas têm conseguido aumentos fenomenais na massa muscular e no peso. Só que estes aumentos artificiais têm, a longo prazo, elevados custos na sua saúde.

Sabe-se que alguns atletas chegaram a tomar diariamente 10 tipos diferentes de esteróides animais e humanos, totalizando mais de 1 g de drogas, quantidade várias vezes superior  `produzida naturalmente pelo organismo.

No entanto, descobriu-se que a ingestão excessiva de certos esteróides altera de forma definitiva os caracteres sexuais da mulher, que fica “masculinizada”, e diminui seriamente o impulso sexual masculino.

Também se relaciona o excesso de esteróides artificiais com o aumento do número de alarmantes ataques cardíacos, angina de peito e hipertensão arterial em atletas com vinte e poucos anos e ainda os índices invulgarmente altos de cancro do fígado.

Os que utilizaram esteróides durante muito tempo aperceberam-se de alterações progressivas da personalidade.

“Sentia uma agressividade que nunca sentira antes”, diz um jogador de futebol. “Envolvi-me à pancada com um defesa. Deitei-o ao chão e esmurrei-lhe os olhos.”

Outros atletas tornam-se dependentes dos esteróides e queixam-se de grande fadiga e depressão quando tentam abster-se.

Embora sejam ainda necessárias novas investigações científicas sobre o potencial de os esteróides criarem habituação e dependência e sobre os efeitos físicos e emocionais secundários ao seu consumo regular, o que já se conhece chega para aconselhar as autoridades e os praticantes do desporto mundial a serem extremamente cautelosos no seu uso e na legislação correspondente.


Além disso, poderá questionar-se se é justo confrontar atletas que tomam esteróides artificiais com aqueles que os não consomem…

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