Passos Coelho frisou ainda que a
prioridade do Governo, nesta altura, vai para as empresas
O primeiro-ministro afirmou este domingo que
o país não consegue recuperar a economia para o futuro aumentando impostos e
considerou que a carga fiscal elevada é um desincentivo ao investimento das
empresas.
"Mas nós não conseguimos recuperar a
nossa economia para futuro aumentando impostos, isso tem um limite, isso pode
dar-nos uma solução de curto prazo para equilibrar o défice do orçamento mas
paga-se um preço muito elevado no médio e longo prazo mantendo essa carga
fiscal muito elevada", salientou durante uma vista ao concelho de Alijó.
O primeiro-ministro falava a propósito da
reforma do IRC, que diz estar "voltada para captar a confiança dos
investidores para o médio e longo prazo".
"Nós temos realmente uma carga fiscal
muito elevada. Sabemo-lo. Atingimos essa carga fiscal muito elevada porque
durante muitos anos o Estado não fez o que devia para controlar a sua
despesa", referiu.
Acrescentou ainda que, nos anos mais recentes
"ela foi ainda mais elevada porque houve uma parte da despesa do Estado
que o Estado não pode reduzir por razões constitucionais, como é conhecido, o
que obrigou a aumentar ainda alguns impostos".
Na nova adega da Gran Cruz, empresa que está
a investir 14 milhões de euros no Douro, Passos Coelho referiu que a carga
fiscal elevada é um "desincentivo para as empresas poderem investir e é um
ónus muito grande que impede as famílias de poderem também, elas mesmas
aplicarem os seus rendimentos da melhor maneira, seja em poupanças seja em
decisões de consumo, de alargamento do nosso mercado interno".
Passos Coelho frisou ainda que a prioridade
do Governo, nesta altura, vai para as empresas.
"Porque sem elas terem a possibilidade
de expandirem o seu investimento nós não conseguimos gerar emprego e não
conseguimos gerar riqueza", sublinhou.
E sem isso, acrescentou, "nunca se
conseguirá aliviar os impostos sobre as famílias, sobre as pessoas".
"Nesta altura, queremos projetar para
futuro um horizonte de investimento que seja realmente importante para que o
país possa voltar a crescer e a desenvolver-se de uma forma sustentada",
referiu.
O primeiro-ministro disse que "isso não
se faz só através dos impostos".
"Ter previsibilidade fiscal é importante
mas precisamos também, no que se refere aos custos de contexto, tornar as
condições de investimento mais atrativas também", acrescentou.
Passos Coelho referiu ainda que o Governo tem
uma "panóplia diversificada de instrumentos que têm que jogar todos no
mesmo sentido para que o investimento possa acontecer".
"Ao nível da reforma do Estado, que tem
que se iniciar com vigor, consigamos encontrar menores custos de contexto para
as empresas e um quadro de fiscalidade que dê maior previsibilidade ao
investimento", frisou.
O chefe do Governo mostrou-se satisfeito por
saber que o principal partido da oposição, o PS, tem propostas para apresentar
no parlamento e referiu a abertura para acolher contributos.
"O objetivo é que possa haver uma
vitória para o país, investimento e empresas e desse ponto de vista todas as
boas propostas são bem vindas", frisou.
Passos Coelho quer que,
"num horizonte estável e ao mesmo tempo não muito distante" se possa
"apontar para um nível de competitividade fiscal em Portugal que compare
bem com outros países europeus".
=J. N.=
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A vida tem coisas curiosas, como por exemplo a que nos obrigou a abrir um novo blog, que será em tudo semelhante ao anterior. Contamos com a mesma assiduidade dos leitores amigos. Esperamos que não voltem a surgir erros e possamos continuar sempre a comunicar com os nossos amigos.
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domingo, 28 de julho de 2013
Passos afirma que economia não se recupera aumentando impostos
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