Telegramas publicados no jornal Expresso
mostraram duras críticas a Rui Machete quando geriu a Fundação Luso-Americana
Os
telegramas da embaixada norte-americana em Lisboa, revelados pela Wikileaks há
dois anos, e publicados no jornal Expresso, deram conta de um «plano para
decapitar» politicamente, à época, o novo ministro dos Negócios Estrangeiros,
Rui Machete. Os documentos, um relatório enviado para os EUA, arrasavam a
gestão de Machete na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).
O relatório enviado, em 2008, pelo embaixador dos EUA em Portugal, Thomas Stephenson, considerava que o agora ministro era «suspeito de atribuir bolsas para pagar favores políticos e manter a sua sinecura».
No telegrama o representante norte-americano afirmava que tinha chegado a hora de «decapitar Machete». As razões estava relacionadas com o facto da fundação, segundo a embaixada, «continuar a gastar 46% do seu orçamento de funcionamento nos seus gabinetes luxuosos decorados com peças de arte, pessoal supérfluo, uma frota de BMW com motorista e custos administrativos e de pessoal que incluem por vezes despesas de representação em roupas, empréstimos a baixos juros para os trabalhadores e honorários para o pessoal que participa nos próprios programas da FLAD».
As denúncias contra Rui Machete não eram exclusivas do embaixador à época. Já em 1992, um outro diplomata, Everett Briggs, argumentava que «enquanto Machete estiver lá, só marginalmente a FLAD nos pode ser útil».
No telegrama de 15 de dezembro de 2008 o diplomata afirma que Rui Machete «obteve o cargo como prémio de consolação depois de ter perdido o lugar de ministro numa mudança de Governo em 1985» e que «tem sido há muito um crítico dos EUA, que sempre resistiu à intervenção da embaixada». No telegrama lê-se ainda que o novo «tem ligações nos dois maiores partidos», noticia o jornal Expresso.
Rui Machete é a nomeação mais polémica da mais recente remodelação governamental. O facto de ter já trabalhou na SLN, sociedade gestora do BPN, mas essa passagem pela empresa ter sido omitida da sua biografia, enviada aos órgãos de comunicação social pelo gabinete do primeiro-ministro, lançou uma chuva de críticas pela oposição, nomeadamente, pelo Bloco de Esquerda.
O histórico social-democrata, de 73 anos, toma posse esta quarta-feira, no Palácio de Belém, mas as posições sobre a sua nomeação divergem. O PS optou por não comentar diretamente a escolha, já o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro, considerou que esta era uma «solução otima». Também o politólogo Adelino Maltez defendeu que Machete vinha dar «sabedoria» ao Governo.
O relatório enviado, em 2008, pelo embaixador dos EUA em Portugal, Thomas Stephenson, considerava que o agora ministro era «suspeito de atribuir bolsas para pagar favores políticos e manter a sua sinecura».
No telegrama o representante norte-americano afirmava que tinha chegado a hora de «decapitar Machete». As razões estava relacionadas com o facto da fundação, segundo a embaixada, «continuar a gastar 46% do seu orçamento de funcionamento nos seus gabinetes luxuosos decorados com peças de arte, pessoal supérfluo, uma frota de BMW com motorista e custos administrativos e de pessoal que incluem por vezes despesas de representação em roupas, empréstimos a baixos juros para os trabalhadores e honorários para o pessoal que participa nos próprios programas da FLAD».
As denúncias contra Rui Machete não eram exclusivas do embaixador à época. Já em 1992, um outro diplomata, Everett Briggs, argumentava que «enquanto Machete estiver lá, só marginalmente a FLAD nos pode ser útil».
No telegrama de 15 de dezembro de 2008 o diplomata afirma que Rui Machete «obteve o cargo como prémio de consolação depois de ter perdido o lugar de ministro numa mudança de Governo em 1985» e que «tem sido há muito um crítico dos EUA, que sempre resistiu à intervenção da embaixada». No telegrama lê-se ainda que o novo «tem ligações nos dois maiores partidos», noticia o jornal Expresso.
Rui Machete é a nomeação mais polémica da mais recente remodelação governamental. O facto de ter já trabalhou na SLN, sociedade gestora do BPN, mas essa passagem pela empresa ter sido omitida da sua biografia, enviada aos órgãos de comunicação social pelo gabinete do primeiro-ministro, lançou uma chuva de críticas pela oposição, nomeadamente, pelo Bloco de Esquerda.
O histórico social-democrata, de 73 anos, toma posse esta quarta-feira, no Palácio de Belém, mas as posições sobre a sua nomeação divergem. O PS optou por não comentar diretamente a escolha, já o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro, considerou que esta era uma «solução otima». Também o politólogo Adelino Maltez defendeu que Machete vinha dar «sabedoria» ao Governo.
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