Se não se vivesse um verdadeiro drama
político-social, o caso daria para rir, tal tem sido a pressão exercida pelo
presidente sobre os que são considerados os partidos do arco da governação.
A precipitação do presidente, ao impor Junho
de 2014 como o mês de eleições antecipadas está bem patente e, segundo se diz
para as bandas do Largo do Rato será obrigado a voltar atrás caso não aconteça o
entendimento entre PSD, CDS e PS, situação que o obrigará a dissolver o
Parlamento e a convocar eleições ainda em 2013.
O presidente pediu um entendimento alargado
que ofereça um estabilidade governativa, ms na altura esqueceu-se de convocar,
ou convidar as duas forças políticas representadas pelo BE e pelo PCP e o PEV
(CDU) que também têm assento parlamentar, pra se poder, então, formar um
governo de salvação nacional. Parece que, para ele, esses dois blocos políticos
não contam, não prestam, nada valem, apesar de serem, do ponto de vista político,
os detentores das ruas das cidades nacionais, e assim o têm demonstrado à saciedade.
Não! Ele pretende um compromisso três, dizendo mesmo que “têm de chegar a um
entendimento”, que está longe de poder ser alcançado, a não ser que o PS volte
com a palavra atrás, o que o prejudicaria severamente quando estamos pouco mais de dois meses das eleições
autárquicas e já anunciou que votaria a moção de censura que será apresentada
pelos Verdes na próxima quinta-feira.
Talvez porque se corre neste momento a Volta
a França em bicicleta, continua
pressionar os partidos par acelerarem as negociações, o que vai ser
difícil porque se aproximam as etapas nos Alpes que provocarão fortes
desgastes.
Muitos se perguntarão qual a pressa do
presidente em conseguir esse entendimento e esse compromisso o mais rapidamente
possível, devendo concretizar-se hoje ou amanhã, até porque ontem já passou…
A única intenção do presidente é a de
encalacrar, entalar, diminuir, etc., o PS, razão pela qual se esqueceu da
restante esquerda, ouvindo agora as gentes do seu próprio partido, como
Catroga, recalmar pelo não convite endereçado ao BE e ao PCP. O que o irrita
solenemente, pesar de esses dois partidos terem recusado fazer parte da farsa
preprada pelo presidente, que dessa forma, em vez de encontrar uma solução para
o impasse político que se vive em Portugal, conseguiu bloquear ainda mais situação, o que o obrigará a fazer depois um
sprint forçado,, caso ainda pretenda fazer economia de esforços e de dinheiro
aos portugueses, fazendo com que haj um acto eleitoral único, a 29 de Setembro,
pois só terá 55 dias para o fazer.
Esse compromisso de salvação nacional, que
tenta vincular os partidos que assinaram o memorando de entendimento com a
troika tem um propósito único, o de colocar o PS na corda bamba, se ele o
permitir, aderindo a essa pretensão do presidente, que até já passou uma
certidão de óbito histórica ao governo liderado pelo senhor Pedro, embora
mantendo-o em funções e sabe-se lá que mais pode pretender..?, embora nada possa
ser de bom para a cidadania nacional e par o próprio país e sobretudo para a
democracia, que recebeu mais uma machadada.
E os portugueses perguntam-se, com razão, que
raio de política é esta? Pois, é a política inventada e praticada pelo
presidente, que mais não pretende que desbaratar completamente tudo quanto seja
ou se coloque no quadrante esquerdo nacional.
De certo modo, mostra o quanto se sente
ressabiado quer pelos anos que o fizeram esperar até conseguir fazer-se eleger
presidente e pelo outro, que pesar de tudo ainda tem alguns poderes, que porá em
prática, doa a quem doer, mesmo sabendo que no interesse único nacional, deveria
desde há muito ter dissolvido a Assembleia da República e convocado eleições
antecipadas, evitando que os portugueses vivessem todos esses problemas
causados pela incompetência de semelhantes governantes.
Todavia, e por uma vez na vida, o PS terá de
se mostrar firme na exigência de eleições antecipadas, ou seja, na devolução da
palavra ao povo português e assumir o compromisso alargado do pagamento das
dívidas às instâncias internacionais, embora com prazos mais alargados e
sobretudo combatendo o desemprego que mina a sociedade portuguesa.
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