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segunda-feira, 15 de julho de 2013

«O PRESIDENTE E AS ELEIÇÕES ANTECIPADAS»

Se não se vivesse um verdadeiro drama político-social, o caso daria para rir, tal tem sido a pressão exercida pelo presidente sobre os que são considerados os partidos do arco da governação.

A precipitação do presidente, ao impor Junho de 2014 como o mês de eleições antecipadas está bem patente e, segundo se diz para as bandas do Largo do Rato será obrigado a voltar atrás caso não aconteça o entendimento entre PSD, CDS e PS, situação que o obrigará a dissolver o Parlamento e a convocar eleições ainda em 2013.

O presidente pediu um entendimento alargado que ofereça um estabilidade governativa, ms na altura esqueceu-se de convocar, ou convidar as duas forças políticas representadas pelo BE e pelo PCP e o PEV (CDU) que também têm assento parlamentar, pra se poder, então, formar um governo de salvação nacional. Parece que, para ele, esses dois blocos políticos não contam, não prestam, nada valem, apesar de serem, do ponto de vista político, os detentores das ruas das cidades nacionais, e assim o têm demonstrado à saciedade.

Não! Ele pretende um compromisso  três, dizendo mesmo que “têm de chegar a um entendimento”, que está longe de poder ser alcançado, a não ser que o PS volte com a palavra atrás, o que o prejudicaria severamente quando estamos  pouco mais de dois meses das eleições autárquicas e já anunciou que votaria a moção de censura que será apresentada pelos Verdes na próxima quinta-feira.

Talvez porque se corre neste momento a Volta a França em bicicleta, continua  pressionar os partidos par acelerarem as negociações, o que vai ser difícil porque se aproximam as etapas nos Alpes que provocarão fortes desgastes.

Muitos se perguntarão qual a pressa do presidente em conseguir esse entendimento e esse compromisso o mais rapidamente possível, devendo concretizar-se hoje ou amanhã, até porque ontem já passou…

A única intenção do presidente é a de encalacrar, entalar, diminuir, etc., o PS, razão pela qual se esqueceu da restante esquerda, ouvindo agora as gentes do seu próprio partido, como Catroga, recalmar pelo não convite endereçado ao BE e ao PCP. O que o irrita solenemente, pesar de esses dois partidos terem recusado fazer parte da farsa preprada pelo presidente, que dessa forma, em vez de encontrar uma solução para o impasse político que se vive em Portugal, conseguiu bloquear ainda mais  situação, o que o obrigará a fazer depois um sprint forçado,, caso ainda pretenda fazer economia de esforços e de dinheiro aos portugueses, fazendo com que haj um acto eleitoral único, a 29 de Setembro, pois só terá 55 dias para o fazer.

Esse compromisso de salvação nacional, que tenta vincular os partidos que assinaram o memorando de entendimento com a troika tem um propósito único, o de colocar o PS na corda bamba, se ele o permitir, aderindo a essa pretensão do presidente, que até já passou uma certidão de óbito histórica ao governo liderado pelo senhor Pedro, embora mantendo-o em funções e sabe-se lá que mais pode pretender..?, embora nada possa ser de bom para a cidadania nacional e par o próprio país e sobretudo para a democracia, que recebeu mais uma machadada.

E os portugueses perguntam-se, com razão, que raio de política é esta? Pois, é a política inventada e praticada pelo presidente, que mais não pretende que desbaratar completamente tudo quanto seja ou se coloque no quadrante esquerdo nacional.

De certo modo, mostra o quanto se sente ressabiado quer pelos anos que o fizeram esperar até conseguir fazer-se eleger presidente e pelo outro, que pesar de tudo ainda tem alguns poderes, que porá em prática, doa a quem doer, mesmo sabendo que no interesse único nacional, deveria desde há muito ter dissolvido a Assembleia da República e convocado eleições antecipadas, evitando que os portugueses vivessem todos esses problemas causados pela incompetência de semelhantes governantes.

Todavia, e por uma vez na vida, o PS terá de se mostrar firme na exigência de eleições antecipadas, ou seja, na devolução da palavra ao povo português e assumir o compromisso alargado do pagamento das dívidas às instâncias internacionais, embora com prazos mais alargados e sobretudo combatendo o desemprego que mina a sociedade portuguesa.





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