Sim, ali, onde se deveriam debater assuntos
de relevante interesse nacional, a Casa da Democracia Nacional, também designada
Assembleia da República, está a assistir-se a mais uma fantochada que
designaram por “Moção de Confiança”, apresentada pela maioria e por sugestão do
presidente da República.
Há por lá uma espécie de “garnizés” que
pretendem dar a entender que são “galos”, nada mais sendo que uma espécie de
ilusionistas de truques viciados, abusando da paciência dos portugueses que se
sentem além de traídos, desiludidos, enganados, roubados, ludibriados…
É como se tivessemos apenas um disco de vinil
e o virassemos quando terminasse de um dos lados, e o ouvissemos
constantemente, pois não tínhamos outros, limitando-nos a ouvir sempre a mesma
música, a mesmíssima canção “afadunchada”.
Numa espécie de “vingança” estúpida, como se
de alguma coisa servisse ou prestasse, decidiu o presidente dar a “dica” e logo
foi seguido pelo líder do governo, que anunciou a sua apresentação, suportado
por uma maioria que afirma estar mais coesa que nunca. Então, porquê esta
fantochada?
Há deputados que nunca tinham aberto a boca,
tendo hoje aquela oportunidade de dizer o que lhe vier à cabeça, desde que
sejam contundentes – pelo menos assim dão a entender, ou pretender dar – mas que,
nos da maioria falam os líderes das respectivas bancadas para enviarem
mais uma adulação ao inestimável líder.
Jamais poderia ser deputado. Jamais poderia
sequer ser eleito, pois jamais me prestaria a semelhantes hipocrisias, e, muito
menos a ver, simplesmente a ver sem olhar, como definham os cidadãos do meu
país.
No fundo, os deputados não passam de agiotas
que vivem à custa dos cidadãos, que detestam e maltratam sempre que podem,
fazendo parir novas leis nocivas para toda a sociedade nacional, com algumas excepções,
os capitalistas e eles próprios.
Sabemos que as leis são feitas ao sabor dos
interesses de alguns, sempre os mesmos, sabemos quem paga todas as facturas que
nem conhecem e são devidas aos erros cometidos pelos políticos em geral,
ressalvando alguns de certas oposições.
Mais logo, quando a excelsa presidente da
Assembleia da República acabar de proceder às votações, assistir-se-á a mais um
espectáculo, oferecido pelas bancadas da maioria, não faltando as palmas e
algumas ovações a mais uma estrondosa vitória do não menos excelso governo do
país.
E pergunto-me; pergunto-me como podem as
oposições pactuar com semelhante farsa, colocando questões ao
primeiro-ministro. Porque falam sequer? Porque se não remetem ao mais
desprezívei silêncio, deixando-os a falar sozinhos?
Se as regras do regimento parlamentar impedem
a saída do hemiciclo, porque pactuam com a farsa dando “corda” aos farsantes
que se limitam apenas a dificultar a vida aos cidadãos?
Se s oposições apresentassem, por sua vez,
apenas o seu silêncio, deixando-os a falar sozinhos, penso que lucraríamos
todos nós e que lucraria também o país, que está a viver de forma nada digna
devido toda a austeridade que lhe tem
sido imposta.
Mas, em dias como o de hoje, repito, o melhor
remédio seria o mutismo absoluto por parte das oposições. Talvez que aprendessem
alguma coisa mais além do “custe o que custar”.
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