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domingo, 28 de julho de 2013

Carlos Silva "Governo deve corresponder a confiança dada por Cavaco"

O secretário geral da UGT, Carlos Silva, considera que o Governo tem o dever e a obrigação política de ter condições de governabilidade e de corresponder à confiança que lhe foi dada para continuar a governar.
"Este Governo está muito mais responsabilizado, tem o dever de procurar corresponder à confiança que lhe foi dada pelo Presidente da República", disse Carlos Silva em entrevista à agência Lusa.
Para o sindicalista o governo remodelado PSD/CDS tem todas as condições para governar, tendo em conta a decisão do presidente da República de o manter em funções, e o apoio manifestado pela maioria parlamentar do PSD e do CDS/PP, ao rejeitar a última moção de censura apresentada no parlamento pelo partido Os Verdes.
"Este Governo tem o dever e a obrigação política de ter condições de governabilidade", e deve apresentar novas políticas de crescimento para o país, porque "foi mandatado para isso", disse Silva.
O próprio Presidente da República, ao anunciar a sua decisão de manter o governo em funções, alertou para a necessidade de alteração das políticas, lembrou o sindicalista.
O líder da UGT entende que os parceiros sociais também têm obrigação de contribuir para dar esperança às pessoas e assegurou que esse é o compromisso da sua central sindical, "porque o país merece melhor".
Para Carlos Silva, as políticas de austeridade falharam e têm levado o país a recessão económica e os portugueses ao empobrecimento, e portanto a remodelação governamental corresponda a mudança de políticas.
"Vamos ver se o Governo altera as políticas. Vamos aguardar que a remodelação corresponda a algumas alterações, embora não espere que mude tudo e que passemos a ter de repente um cenário cor de rosa, mas são precisos alguns sinais positivos", disse.
"É isso que esperamos do novo executivo. Agora temos de respirar e de dar tempo ao Governo", concluiu o líder da UGT.
Carlos Silva foi eleito secretário geral da UGT a 21 de abril, no XII congresso da central, substituindo João Proença.
Os seus primeiros 100 dias de liderança sindical foram marcados pela greve geral de 27 de junho e pela crise política iniciada com a demissão dos ministros das Finanças e dos Negócios Estrangeiros no início do mês.
 L. A. V.

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