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sexta-feira, 19 de julho de 2013

«UMAS PALAVRAS SOBRE “ACORDO OU DESACORDO”…»

Assumindo sempre o que digo, escrevendo estas palavras, temo que sejam recebidas como censuras. Infelizmente, é uma realidade, e da experiência quotidiana, que a maior boa-fé do mundo pode ser surpreendida.

«A vossa, como dizeis, como foi? Como é? Que é?» Falais verdade, confessando que não sabieis o que se tem passado no país com as forças de direita no poder?

O mal está feito e o dever de o obviar é o mais urgente. Por isso, informações que, por motivos fortuitos, não pensasteis em solicitar, ireis procurá-las agora? Na conversa que ireis ter com os partidos políticos, perguntareis claramente, lealmente: !Quem é fulano? Que vale ele? Será que existe uma vontade séria que não responda aos interesses do capital, dos benefícios concedidos a seus amigos? Haverá, real e efectivamente, o interesse de proporcionar a democracia a todo o povo português? É esse, ou melhor, são estes os primeiros pontos que é preciso esclarecer.

Desde há vários meses que lanço apelos a quem possa ajudar os portugueses a sair do impasse em que foi colocado pelos governos, actual e anteriores, apelando à criação de um verdadeiro governo de Salvação Nacional que, sem qualquer receio ou distinção, englobe todos os partidos com assento parlamentar.

Cedo reconheci a incapacidade e a incompetência,  verdadeira indigência política que o ainda governo de Portugal nos oferecia; eram demasiadas as amostras que diariamente nos davam dessas adjectivações mais que motivadas.

Mas, seria ele o único culpado pela miséria galopante que se apossou do país e do povo português? A quem a culpa de termos chegado ao ponto em que nos encontramos?

É evidente que alguém dirá que a culpa é dos portugueses que votaram neles! Será assim, ou pelo contrário, será das campanhas e propagandas mentirosas que fizeram a um povo ansioso, ávido de uma vida melhor, especialmente os mais velhos, que já viveram os velhos tempos da ditadura e do fascismo, que ajudaram a fazer Abril de 1974, para que seus filhos e netos pudessem viver livres e melhor que eles viveram…

Portugal mais parece hoje um filme de terror, mas um filme que o não é efectivamente, antes um pesadelo onde os oportunistas tomaram conta de tudo, remetendo o povo para a mais profunda “miséria democrática” de que possa haver memória.

Ora, dessa forma, os “realizadores” desse filme deverão ser severamente punidos, pois além do mais até tinham antes o Fado Português e, em vez dele, atiram-nos areia para os olhos e “achas para a fogueira sempre acesa” que vai consumindo tudo o que pode e, sobretudo, deveria ser pertencente a esse mesmo povo. Sim, nós!

Decidiram, esses “senhores dominantes” que não! Que nós aguentaríamos tudo qunto decidissem fazer, quanto decidissem roubar-nos, quanto decidissem impor-nos custasse o que custasse, pudessemos ou não continuar a ser considerados “homens e mulheres e crianças” de Portugal, com todos os direitos consagrados na Magna Carta dos Direitos Humanos! Direitos que, diga-se, nunca foram respeitados em Portugal, o que foi causando o desgaste que hoje se sente, que hoje se vive entre a cidadania nacional.

Porque eles dizem – e admira-nos tal inconsciência – “as coisas apenas vistas, ou apenas lidas, são esquecidas”. Erro profundo!, porque coisa alguma deixa de ser também sentida, vivida!

Portanto, e sempre esperei que não houvesse qualquer acordo entre estes partidos e que o presidente da República se veja obrigado a convocar eleições antecipadas, não á “la longue”, para dentro de um ano, mas para dentro de pouco tempo, devolvendo assim a palavra aos portugueses, únicos que podem e devem tomar  as decisões que só a eles competem.


Estabilidade sim, mas não a qualquer preço. Viva Portugal Livre!

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