Após o malogro, esperado, das conversações
ditas de “salvação nacional” e em conjunto, que ireis fazer? Que mais irá
acontecer em Portugal?
O fundamento primeiro de toda a acção eficaz
não é outro senão o utilizar os meios apropriados à procura de um fim. Ou seja,
a dissolução imediata da Assembleia da República e a convocação imediata de
eleições antecipadas.
Assim como uma cena de furor ou uma atitude
de protração não adiantam nada, desespero e desânimo são inoperantes.
Todos sabemos que os homens políticos nunca
mentem; apenas se esquecem de dizer a verdade ao povo que a quer ouvir!
Portugal está muito doente. E, o primeiro
remédio está na exclusão resoluta e absoluta de certa “alimentação” que
perverte os órgãos sociais, as instituições democráticas e colocam os
portugueses na pior situação desde a instauração da democracia.
Ao falar de “conversações” ditas de salvação
nacional, refiro-me à satisfação das pretensões do presidente da República que,
além de se ter esquecido de convidar todo o povo, por interpostas pessoas e
partidos com assento parlamentar, e também à apresentação, por escrito, das
pretensões do Partido Socialista, logo se poderia adivinhar que tudo sairia,
como aconteceu, frustrado.
Alás, pelas informações que tomaram
previamente, que suposeram correctas, que existe um forte descontentamento mais
que justificado entre aqueles que ainda pensam na situação dos portugueses.
Ntes de mais, os políticos não disseram aos
portugueses o que iriam discutir entre eles, andaram toda uma semana em
profundo silêncio, como se o povo não passasse de um simples adorno na paisagem
nacional, e tudo o vento levou.
Mas, tomem cuidado, uma vez que tudo o que
foi dito e feito é inteiramente negativo e, por isso mesmo, nada resolve de essencial.
Ontem, ao fim da tarde, o senhor Seguro falou
nas televisões, dando certas explicações relacionadas com o malogro, mas fiquei
convencido que não disse tudo. Algo de importante ficou por dizer sobre o que
se passou durante “esta semana”.
Ouvi atentamente o que disse e senti vontade
de lhe poder fazer ouvir, como a todos os “conversadores”, o hino nacional,
como a todos os portugueses de boa vontade, que deveriam marchar contra os
canhões que constantemente o actual governo lhes apontam e disparam.
Já ninguém respeita os “velhos” deste país,
começando pelo actual governo, que lhes rouba nas suas parcas pensões de
reforma e pretende continuar a roubar, como se não tivessem dado ao país muito
da su vida e do seu saber.
Nenhum político aponta para o reerguimento do
país e seu povo, embora se façam apregoar que agem por patriotismo enquanto
pisam o povo furiosamente.
Reparem que já ninguém fala de cuidar do
emprego, limitando-se a falar levemente do emprego jovem, enquanto todos os
outros são enviados para o rol do esquecimento.
Demasiado jovens para poderem obter a
reforma, são demasiado velhos para poderem obter um novo emprego, o que para os
políticos não é novidade alguma, que se limitam a sobreviver como podem,
sobrecarregando os pais velhos que recebem pensões na ordem dos 230 euros
mensais, por vezes um pouco mais, mas também menos, pois nunca nenhum político
do tal arco da governabilidade se preocupou em fazer aumentar essas pensões
miseráveis, nem o salário mínimo sequer, que teimosamente mantêm nos 485 euros
mensais, enquanto outros gastam em dois dias 160 mil euros do erário público.
Portanto, Portugal se mantém gravemente
doente e sem esperanças de ser considerado algum dia convalescente.
Sem comentários:
Enviar um comentário