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domingo, 21 de julho de 2013

A hora do Presidente

Cavaco Silva faz comunicação ao país no domingo, pelas 20h30. O fim das negociações entre o PS, o PSD e o CDS-PP para a viabilização de um acordo de 'salvação nacional' deixam a decisão da manutenção do Governo ou a dissolução da Assembleia da República nas mãos do Presidente
As propostas do Presidente da República de um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS e eleições antecipadas a partir de Junho de 2014 estão em causa e aguarda-se qual será a decisão de Cavaco Silva.

O secretário-geral do PS anunciou que não há acordo com o PSD e o CDS-PP acusando estes partido de terem "inviabilizado" o acordo de 'salvação nacional' proposto pelo Presidente da República.

António José Seguro comunicou esta posição dos socialistas numa "declaração ao país".

Cavaco Silva regressou de uma visita de dois dias às Ilhas Selvagens e, na quinta-feira, em declarações aos jornalistas disse que, quando regressasse a Lisboa, teria a "porta aberta". Recebeu os líderes dos três partidos e no final a presidência da República emitiu um breve comunicado sem avançar com mais informação sobre a forma como estavam a decorrer as negociações.

O dirigente social-democrata Jorge Moreira da Silva afirmou que o PSD preferia que tivesse sido alcançado um compromisso alargado com o PS e continua disponível para aprofundar o diálogo político e social.

"Preferíamos que tivesse sido alcançado um compromisso alargado, e continuamos disponíveis para aprofundar esse diálogo político e social", declarou Jorge Moreira da Silva, na sede dos sociais-democratas, em Lisboa, numa conferência de imprensa em que apenas respondeu a duas perguntas.

O CDS-PP agendou reunião da comissão política nacional para às 17h30, na sede do partido.

O prazo estabelecido pelo Presidente da República para os partidos negociarem um "compromisso de salvação nacional" terminava no domingo. 

Cavaco Silva afirmou na sua última comunicação oficial ao Pais, no passado dia 10 de Julho, que a convocação de eleições antecipadas não era bom para Portugal.

No último discurso o Presidente defendeu "Iniciar agora um processo eleitoral pode significar um retrocesso naquilo que já foi conseguido e tornar necessário um novo programa de assistência financeira. Os sacrifícios dos Portugueses, em parte, teriam sido em vão. Durante mais de dois meses teríamos um governo de gestão limitado na sua capacidade de tomar medidas e de defender o interesse nacional. Nas últimas eleições para a Assembleia da República, entre o anúncio da dissolução do Parlamento e a posse do Governo mediaram 82 dias. Por outro lado, os Portugueses devem ter presente que a realização de eleições antecipadas, mesmo se estas ocorressem no mês de setembro, implicaria que o Orçamento do Estado para 2014 só entrasse em vigor, na melhor das hipóteses, em finais de março do próximo ano".
O fim das negociações entre o PS, o PSD e o CDS-PP para a viabilização de um acordo de 'salvação nacional' deixam a decisão da manutenção do Governo ou a dissolução da Assembleia da República nas mãos do Presidente. 

=Visão=

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