Francamente, há dias, a presidente da
Assembleia da República, perante os protestos proferidos nas galerias da
Assembleia da República, por cidadãos que se sentem cada vez mais ameaçados
pelo desemprego que o actual governo pretende oferecer-lhes, fez com que
cidadãos de pleno direito fossem insultados por ela própria, quando, numa
citação infeliz de Simone de Beauvoir os comparou aos horrores vividos na
Segunda Guerra Mundial, referindo-se aos nazis e sua opressão, citando dentro
da sua “infelizmência”:
“Não podemos deixar que os nossos carrascos
nos criem maus costumes!”
Só que, enquanto a filósofa e pensadora
francesa, que se enamorou por toda a vida de Jean-Paul Sartre ser tinha
inspirado nesse sentimento num momento em que escrevia esse pensamento, entre
muitos outros.
Ora, penso que a senhora presidente da Assembleia
da República, para além de não ser filósofa, meteu uma grande argolada, que
exige a devida reparação, proferindo semelhante citação, que ofendeu todos os
cidadãos portugueses que se viram, assim, apodados de “nazis”, quando afinal
não passam de simples vítimas desse regime, como o foram durante os longos 48
anos e continuam a sê-lo nos dias de hoje, sobretudo quando são submetidos a
semelhantes insultos.
Simone de Beuvoir afirmou também. “É pelo
trabalho que a mulher tem vindo a diminuir a distância que a separava do homem:
somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta.”
Ora, a senhora presidente da República, que
até já se tinha reformado e pela sua reforma recebe já uma boa pensão, decidiu
voltar ao activo, ao que parece não apenas para garantir a sua independência
concreta, mas para também dedicar aos portugueses o que deveria saber reservar
para o seu próprio conhecimento, ou até para dedicar toda ou parte da sua
erudição, por exemplo a seu ex-marido.
Mas, o que parece, os maus hábitos da senhora
presidente da Assembleia da República vêm já de longe, como daquela vez em que,
como deputada europeia pelo PSD, a 31 de Mio de 2006, num debate em Bruxelas,
sobre a situação dos prisioneiros de Guntânamo disse:
“Guantânamo não define os limites do direito
e da política, mas definir os limites do direito e da política é uma exigência
básica dos princípios da justiça. É essa
maior vitória da democracia sobre o terrorismo. Usando as palavras de
Simone de Beauvoir, não podemos deixar que os nossos carrascos nos criem maus
costumes”
E, mais tarde, a 6 de Dezembro de 2007,
voltou recorrer `expressão a propósito
do terrorismo, ainda na condição de
euro-deputada:
“Em primeiro lugar, a garantia dos princípios
da dignidade humana e do Estado de Direito em todas as frentes no combate ao
terrorismo. Não podemos fazer claudicar as bases morais da democracia que
assentam justamente nesses valores. Como dizia Simone de Beauvoir, não podemos
permitir que os nossos carrascos nos criem maus costumes.”
Pelos vistos, decorou esta citação da
filósofa francesa, reagindo aos protestos ns galerias, dizendo que apenas se
queria referir à necessidade de não perturbação dos trabalhos. E, sobre o facto
de as suas afirmações estarem a ser muito criticadas, limitou-se a responder: “Paciência!”.
Portanto, eis a prova provada de que nada se
importa por ter insultado os portugueses, tratando-os ora de nazis ora de
terroristas, talvez porque tenha imaginado que aqueles que na Casa da
Democracia defendiam apenas os seus
empregos, seu e de sua família ganha-pão, não passavam de seus piores inimigos
de hoje, os comunistas e demais adeptos da esquerda política nacional.
Penso que esta senhora deveria ser demitida
do seu posto de presidente da Assembleia da República e até de deputada, pois
que o seu íntimo se mostra um tanto perverso em relação aos seus concidadãos.
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