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quarta-feira, 17 de julho de 2013

«A TROIKA LUSITANA»

Tudo bem pesado,  tempo e em conjunto, que ireis fazer?

O primeiro fundamento de toda a acção eficaz não é outro senão o de utilizar os meios apropriados à procura de um fim. Assim como uma cena de furor ou uma atitude de prostração não adiantam nada, desespero e desânimo são inoperantes.

O primeiro remédio está na exclusão resoluta e absoluta das companhias que pervertem o PS, que prefere as companhias erradas, não hesitando nas tergiversações, nem o uso de circunlóquios para nos dar a conhecer a sua firme disposição de se juntar aos “carrascos do povo português”.

Poder-se-ia afirmar, sem medo de errar que, o PS se quer de bem com Deus e com o Diabo ao mesmo tempo, ao mesmo tempo que quer abarcar o céu com as pernas, isto é, reunir-se com os representantes do actual governo e, por outro lado, com os representantes da esquerda nacional.

Em bom português popular, chama-se a isso “trocatintismo”.

Na realidade, o rumo agora tomado pelo PS só pode ter um fim: a derrocada total, ou, na melhor das hipóteses, a fusão com o PSD ou mesmo com o CDS.

Veja-se o que disse, por exemplo, o cínico do Santos Silva: “os Verdes são um barriga de aluguer”, após ter sido assegurado o voto a favor da moção de censura da próxima quinta-feira na Assembleia da República”.

Poderia pensar-se, depois de tudo quanto foi dito acerca dessa moção, pelos dirigentes do PS, que manteria a sua boa vontade e a sua lealdade, mas, pelos vistos, recuou, talvez porque lhe tenham acenado com algumas promessas que desconhecemos ainda.

Sem dúvida que a coerência não se impõe. Mas não é de coerência que se trata. O PS tem necessidade de companheiros para, nesta fase transitória que se vive no país, na qual não se resolverá a crise, pelo contrário se agudizará, poder continuar sob as luzes da ribalta política nacional, após ter prometido mundos e fundos de seriedade e coerência.

Todavia, no estado actual, preferiu a ruptura de equilíbrio com o povo português, já que outros valores mais altos se levantam, valores que não se reverterão a favor do povo português. O PS está necessitado de um período de transição e de convalescença, após um longo tratamento.

Mas, essa convalescença só é possível se forem exorcizados os velhos fantasmas que assolam o actual PS, mal que já vem de longe, infelizmente, a quem o povo português não poderá outorgar a mínima confiança, pela simples razão de que a não merece.

Então, continuará a atravessar o vasto deserto, por culpa própria, uma vez que se prefere bem juntinho ao prometido paraíso capitalista que junto ao povo sofredor.


Pessoalmente, nada pretendo, mas custa assistir à total degradação de um partido que deveria saber manter o seu lugar em vez de descambar para se aliar àqueles que sempre defenderam apenas os seus interesses e perderam a confiança dos portugueses.

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