Depois do
chumbo da medida de Requalificação da Função Pública pelo Tribunal
Constitucional (TC), o Governo luta contra o tempo para arranjar uma alternativa.
Depois do
chumbo da medida de Requalificação da Função Pública pelo Tribunal
Constitucional (TC), o Governo luta contra o tempo para arranjar uma alternativa.
Rui
Machete, Ministro dos Negócios Estrangeiros, lamentou nesta segunda-feira a
decisão anunciada na passada quinta-feira pelo TC e considera que o diálogo com
o Tribunal Constitucional não tem tido “a forma mais desejável”.
Esta
reacção foi proferida no Palácio das Necessidades, em Lisboa, durante uma
conferência de Imprensa que contou com a presença de Machete e do seu homólogo
angolano, George Chicoti, que está em Portugal numa visita oficial até
quarta-feira.
“Até aqui, o diálogo não tem sido
estabelecido da maneira que seria mais desejável. É preciso confrontar os
direitos fundamentais que devem ser preservados, designadamente o princípio da
boa-fé com o problema da sustentabilidade financeira do Estado, que é um valor
sem o qual não há Estado que garanta direitos”, referiu ainda o ministro a
propósito da posição do TC.
Sobre o encontro com George
Chicoti, Machete revelou que ele tem como objectivo por em evidência as
parcerias e as diversas iniciativas de cooperação entre os dois países, embora
a recente polémica sobre as Ilhas Selvagens, assim como o iminente ataque
norte-americano à Síria e o chumbo da requalificação da Função Pública pelo
Tribunal Constitucional, tenham roubado as atenções.
“Tudo isto terá consequências na
paz e na vertente socioeconómica, pelo que é muito complicado prever o que irá
suceder com precisão”, realçou Machete relativamente à situação na Síria.
“É preferível uma acção militar
que siga os princípios da proporcionalidade e dos objectivos limitados. “
Chicoti é da mesma opinião que Machete, defendendo a paz acima de tudo: “O
secretário-geral das Nações Unidas apelou para que não ocorresse qualquer acção
militar no país, e esperamos que assim o seja”.
Chicotti aproveitou para destacar a
candidatura angolana a um lugar não permanente no Conselho de Segurança das
Nações Unidades em 2015/2017, e com a reunião dos votos de grande parte dos
membros, assim como das organizações africanas, é bastante provável que Angola
consiga alcançar o objectivo.
Ao longo da conferência foi reafirmada várias vezes a força da aliança entre Portugal e Angola, dando-se especial relevância às cimeias de chefes de Governo entre as duas nações, e a primeira decorrerá já nos finais de Outubro em Luanda. Uma aposta no Ensino Superior e um novo protocolo de obtenção de vistos foi outro dos assuntos apresentados.
Ao longo da conferência foi reafirmada várias vezes a força da aliança entre Portugal e Angola, dando-se especial relevância às cimeias de chefes de Governo entre as duas nações, e a primeira decorrerá já nos finais de Outubro em Luanda. Uma aposta no Ensino Superior e um novo protocolo de obtenção de vistos foi outro dos assuntos apresentados.
=Público=
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