A presidente da Assembleia da República, Assunção
Esteves, recebe hoje a missão da 'troika' em Portugal, que será posteriormente
ouvida pelos deputados da comissão parlamentar de Acompanhamento das Medidas do
Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF).
Os representantes da 'troika' estão em Lisboa para a
oitava e nona revisões regulares ao PAEF, que decorrem em simultâneo, depois de
a sétima avaliação ter demorado mais tempo do que o previsto.
Os chefes da missão da 'troika' vão reunir-se com a mesa
da comissão eventual que acompanha o programa de assistência e com dois
deputados de cada grupo parlamentar da mesma comissão.
Este é o terceiro dia da oitava e nona visita da
'troika' a Portugal, que é o primeiro exame regular ao PAEF liderada pelo vice-primeiro-ministro,
Paulo Portas, e pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, do lado de
Portugal.
Do lado da 'troika', também há uma dança de cadeiras,
mantendo-se apenas Rasmus Ruffer (do BCE): pela Comissão Europeia, estreia-se
Sean Berrigan e, pelo FMI, entra Subir Lall.
A alteração da meta do défice para 2014, dos 4% para
os 4,5%, deverá ser um dos assuntos debatidos na reunião de hoje, sendo que, na
semana passada, Paulo Portas disse no parlamento que, durante a sétima
avaliação, 'troika' e executivo tiveram divergências e que o objectivo do
défice era um dos temas em que defendiam posições diferentes, tendo acabado por
prevalecer a opção da 'troika'.
"O Governo continua a pensar que a meta de 4,5%
[para o défice de 2014] é a mais adequada", defendeu por fim Paulo Portas.
Na terça-feira, os representantes dos credores
internacionais de Portugal reuniram-se com os parceiros sociais, em sede de
Concertação Social.
No final do encontro, tanto sindicatos como estruturas
patronais disseram que a 'troika' disse não ter "informação
suficiente", uma vez que tinha acabado de chegar a Lisboa.
No entanto, o representante da Comissão Europeia, Sean
Berrigan, terá dito que o programa em curso "está no bom caminho",
segundo avançaram aos jornalistas os dirigentes da Confederação Geral dos
Trabalhadores Portugueses (CGTP), da Confederação do Comércio e Serviços de
Portugal (CCP) e da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).
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